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Cafôfo começou a distribuir tablets aos alunos de português na Venezuela

Quase 700 alunos vão receber ‘tablets’ com conteúdos pedagógicos e didáticos que permitem a aprendizagem do português, num país onde é crescente o interesse de lusodescendentes e venezuelanos pela língua, anunciou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

“São cerca de 700 alunos aqui na Venezuela que serão beneficiados com estes equipamentos fornecidos com conteúdos pedagógicos e didáticos (…) ou seja, ‘tablets’, e o Instituto de Camões vai produzir ainda mais ferramentas digitais de modo a haver um contínuo e progressivo inovar com ferramentas que permitam o sucesso na aprendizagem da língua”, disse Paulo Cafôfo, num evento em Caracas, em que foi entregue um primeiro lote de ‘tablets’ a alunos e professores de português.

Em declarações à Lusa, o responsável explicou que “o Governo português tem um projeto de digitalização do ensino português no estrangeiro com um programa que implica equipamentos, que são distribuídos na rede do ensino de português estrangeiro”.

E sublinhou: “mas ‘tablets’ que estão equipados, isto é o mais importante, com programas pedagógicos, programas didáticos, com plataformas que através da interação digital permitem a aprendizagem da língua portuguesa”.

“Isto é um projeto de 17 milhões de euros que tem no cerne a língua portuguesa como eixo essencial da política externa do Governo português e de afirmação da nossa identidade e da nossa cultura e que tem um papel importantíssimo (…)  e nós, nesta visita, não poderíamos deixar ficar de fora a Venezuela, no âmbito deste nosso projeto de digitalização”, disse.

De acordo com o governante, “a Venezuela tem sido dos países onde o ensino da língua portuguesa mais tem crescido, através da inscrição de alunos na frequência do português”.

“Do ano passado para este ano, tivemos o aumento de 30% de alunos inscritos, são já quase 10 mil alunos a frequentar aulas do português”, disse, precisando que “os ‘tablets’, servem de maior motivação e para cativar ainda mais alunos a aprenderem a língua de Camões”.

Paulo Cafôfo anunciou ainda que “já está nomeado, um coordenador adjunto” para a Coordenação do Ensino da Língua Portuguesa na Venezuela, “de forma a dar resposta às necessidades de um volume cada vez crescente de alunos que querem aprender” português.

“Temos já, também, um protocolo acordado com a Universidade Central da Venezuela para termos um leitorado na universidade”, acrescentou.

“O que significa que apostamos na língua, na cultura e apostamos neste país que tem na comunidade portuguesa, uma afirmação muito forte do que é ser português, da nossa identidade e através do ensino e da cultura fortalecemos os laços com a Venezuela e este é um processo para dar continuidade ao reforço da língua e da nossa cultura”, disse.

Para o responsável, “há um virar de uma página no ensino” que passa pela entrada do português no mundo digital, o que terá como consequência “maior número de pessoas, de alunos, jovens, a frequentar aulas de língua portuguesa”.

Paulo Cafôfo iniciou na sexta-feira uma visita de sete dias à Venezuela, onde manterá contactos com a comunidade portuguesa e lusodescendente em Caracas, Valência, Maracay, Los Teques e Tejerías.

Durante a visita, na qual se faz acompanhar pelo secretário de Estado da Segurança Social português, Gabriel Bastos, Cafôfo vai fazer uma avaliação dos apoios sociais prestados a portugueses, manter encontros com organizações associativas, empresários e visitar várias instituições luso-venezuelanas, bem como as redes consular e médica.

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