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Um garçon de libré

A fotografia para mim dificilmente substituirá a arte representativa, no entanto podem complementar-se. Ambas podem ser consideradas obras de arte pela capacidade de captar o essencial de momentos perpetuando-os no tempo.

Ao contrário da pintura usada no filme “Retrato de Dorian Gray”, os anos passam, e quem envelhece é o retrato. A pintura pode dar enquadramento de cenários sobrepostos no tempo, prolongando épocas em ambientes únicos, rejuvenescendo o passado pelas afinidades com os vários tempos de presente ao longo de cada futuro 🙃.

Assim aconteceu no dia 10 de Agosto no jantar de colaboradores do BOM DIA no agora denominado “BH Foz“.

O mítico Belo Horizonte, edificado nos anos 40 do século XX, foi durante décadas local de encontro da burguesia portuense, reabrindo há uns anos renovado, mantendo o edifício e, claro a vista. “Quem olha para ele, o mar da foz, vê-o pela primeira vez sempre. Sempre”, nas palavras de Miguel Veiga.

No final do jantar o grupo de colaboradores presentes posaram em grupo, junto a uma pintura da autoria de Sara Vaz que retrata personagens elegantemente vestidas na esplanada, do então Belo Horizonte, talvez admirando o por do sol pela luz refletida nos vidros… enquanto ao longe um garçon de libré anuncia a chegada do espumante para o brinde! Fica a dúvida sobre qual dos grupos será servido em primeiro lugar.

Termino “jogando” com mais um título de um quadro, “A Persistência da Memória”, de Salvador Dali, para convidar um futuro grupo de colaboradores do BOM DIA a aguardar que o garçon de libré os sirva em primeiro lugar num futuro próximo!

Ana Príncipe

Foz do Douro, Agosto de 2022

Nota: O retrato original de Dorian Gray, visto no início do filme, foi pintado por Henrique Medina. O realizador do filme, Oliver Parker, inspirou-se no livro de Oscar Wilde, “Dorian Gray”.

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