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Arcebispo de Luanda presidiu à Peregrinação do Migrante em Fátima

© Santuário de Fátima

O arcebispo de Luanda, Filomeno Dias, lembrou este sábado o apelo deixado pelo Papa Francisco aos jovens que participaram na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, para que sejam portadores da mensagem de Jesus junto dos outros.

Na homilia da celebração da palavra desta noite, no Santuário de Fátima, e aproveitando a passagem do evangelho de S. Lucas que deu o mote para a JMJ Lisboa 2023 – “Maria levantou-se e partiu apressadamente” – Filomeno Dias afirmou que foi “nesse mesmo espírito que o Santo Padre apelou aos jovens do mundo inteiro (…), a levarem a mensagem de Jesus”.

Essa mensagem deve ser levada “sem distrações, conservando de modo orante as querelas da viagem, as fadigas do testemunho, os obstáculos do anúncio e a resistência dos destinatários”.

Segundo o arcebispo angolano, que preside neste fim de semana à Peregrinação do Migrante e do Refugiado ao Santuário de Fátima, “trata-se da necessária vida missionária de cada cristão: viver levando Aquele que amamos aos outros. Partilhando com os outros as nossas alegrias, as nossas consolações. Viver mostrando ao mundo o que nos sustenta e fortalece”.

Na sua homilia, perante alguns milhares de peregrinos presentes no santuário da Cova da Iria, deixou ainda uma mensagem de esperança.

“Pertencemos a este Deus que permanece fiel à sua promessa, mesmo quando a nossa vida parece ser apenas uma passagem de adversidades em adversidades, de incompreensões em incompreensões…”, disse o prelado, acrescentando: “Quando Deus nos encontra de verdade, mexe connosco e colocamo-nos a caminho, em peregrinação, em ação, para sermos úteis aos irmãos”.

A celebração da palavra, em que participaram cinco bispos e 44 padres, foi antecedida da recitação do terço e da procissão de velas no santuário, perante cerca de 60 mil peregrinos apontados pelos serviços do santuário, que deixaram muitas clareiras na esplanada do recinto.

A Peregrinação do Migrante e do Refugiado tem como tema “Livres de escolher se migrar ou ficar” e está integrada na 51.ª Semana das Migrações, promovida pela Obra Católica Portuguesa para as Migrações, organismo da Comissão Episcopal da Pastoral Social e das Mobilidade Humana (CEPSMH).

Numa mensagem para esta semana, a Comissão Episcopal sublinha que as migrações são um “fenómeno incontornável”, que pode “servir de instrumento para uma maior justiça social”.

A peregrinação de sábado e domingo, considerada uma das maiores do ano à Cova da Iria, conta tradicionalmente com muitos emigrantes portugueses que se encontram no país em gozo de férias, bem como com um crescente número de imigrantes radicados em Portugal.

Siga as cerimónias aqui.

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