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Portugueses recebidos em evento pelo Duque de Wellington

Uma centena de portugueses foram recebidos esta terça-feira pelo Duque de Wellington na antiga residência da família, em Londres, num evento promovido pela embaixadora britânica em Portugal, Kirsty Hayes, para reforçar as relações luso-britânicas após o ‘Brexit’.

Apsley House é um edifício localizado junto a Hyde Park e que remonta ao século XVIII e que hoje funciona com um museu da coleção do primeiro Duque de Wellington, com mais de 3.000 quadros, esculturas e objetos que foram oferecidos ao herói militar britânico, conhecido pela vitória da Batalha de Waterloo.

Entre as pinturas em exposição estão obras de Velásquez, Murillo, Rubens, Goya, Correggio, Van Dyck e Brueghel e, em destaque na sala de banquetes, está o centro de mesa da Baixela da Vitória, parte de um serviço de prata oferecido pelo Conselho de Regência português em reconhecimento pelos serviços prestados ao país durante as Guerras Peninsulares.

“Existem sentimentos muito, muito fortes entre os meus ancestrais e Portugal e, portanto, parece inteiramente apropriado. Parece ser o lugar óbvio para receber a comunidade portuguesa em Londres”, afirmou Charles Wellesley à agência Lusa.

Entre os convidados estavam profissionais portugueses de várias áreas, como artistas, cozinheiros, empresários, enfermeiros ou cientistas portugueses, alguns dos quais já tinham estado em Lisboa num evento semelhante, também destinado a celebrar os laços entre os dois países.

“O que eu queria fazer era um evento para reconhecer a enorme contribuição que a comunidade portuguesa fez, não só para a nossa economia, mas também para o nosso estilo de vida. Existem cidadãos portugueses fantásticos que se destacam nas suas profissões e que contribuem para a sua área, seja nas artes, na economia, seja nas comunidades locais, na política ou na enfermagem. Eu queria retribuir. Eu queria dizer obrigado”, justificou a embaixadora Kirsty Hayes.

Wellesley é descendente do Duque de Wellington, que lutou contra as Invasões Francesas na Península Ibérica entre 1808 e 1813, chegando a comandar as forças armadas portuguesas, tendo por isso também também recebido os títulos de Marquês do Douro, de Duque da Victoria, Marquês de Torres Vedras e Conde do Vimeiro.

A diplomata, que cessa funções em Portugal dentro de algumas semanas, considera as Guerras Peninsulares com “um período único” da aliança anglo-portuguesa, razão pela qual quis realizar este evento na Apsley House, numa altura em que as relações bilaterais entre os dois países ganham nova importância devido à saída do Reino Unido da União Europeia.

“Queremos uma parceria especial e profunda com a UE, mas acho que também estamos a olhar de novo para nossas relações bilaterais individuais com os Estados membros e, obviamente, a história que partilhamos com Portugal é única. Eu acho que há uma oportunidade aqui para construir algo novo”, defendeu Hayes.

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