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Quando for a Coimbra já pode visitar o Seminário Maior

Os turistas que visitam Coimbra vão poder passar a conhecer o Seminário Maior, um “tesouro” com mais de 250 anos no meio da cidade, junto ao Jardim Botânico.

Na segunda-feira, arrancaram as visitas guiadas ao Seminário Maior, um espaço com uma arquitetura marcadamente italiana, que agora dá a conhecer o seu “património e riqueza artística”, afirmou hoje o reitor do espaço, o padre Nuno Santos, durante a conferência de imprensa de apresentação da abertura do local aos turistas.

Nas visitas guiadas, com a duração de cerca de 50 minutos, os turistas poderão passar pela Igreja da Sagrada Família, pela capela de São Miguel, pela biblioteca velha, pela sala dos azulejos ou pelos aposentos episcopais.

O edifício é “sui generis” pela sua arquitetura italiana e pelas peças, a maioria originárias de Itália, notou Nuno Santos, sublinhando ainda a cúpula da Igreja – “uma das mais bonitas de Portugal”.

No espaço, encontra-se uma xilogravura (gravura em madeira) de Nunes Pereira, uma tela atribuída a Grão Vasco, um Cristo em marfim e ossos de santos presentes na Capela de São Miguel, uma capela que conta ainda com relíquias que se supunha serem dos túmulos dos 12 apóstolos (três desapareceram durante as invasões francesas).

Há também um órgão de tubos espanhol do século XVIII, com 1.500 tubos, e duas escadas de caracol com mais de 100 degraus cada. No meio dos mais de 8.500 livros (de 1500 a 1800) da biblioteca velha é possível encontrar um livro de contos eróticos e, nas varandas do seminário, consegue apreciar-se uma vista para o rio Mondego.

O seminário, que perdeu a sua função em 2012, continua a ser a casa de 12 pessoas e a ideia é a de que as pessoas visitem uma casa “habitada”, que é “um oásis de silêncio na cidade”, sublinhou Nuno Santos.

Deixando de formar padres, abriram-se “novas possibilidades”, sendo que a manutenção do edifício “sempre foi uma questão” que ganhou “mais veemência” quando deixou de ter seminaristas, explanou o reitor do seminário.

A abertura a visitas guiadas, que têm um custo de cinco euros por pessoa, abre também uma porta em termos de recursos económicos, afirmou, referindo que foi feito um investimento de 50 mil euros para preparar o espaço para os turistas.

As visitas guiadas são feitas com recurso a uma parceria com o Grupo Gala, sendo que o seminário fica com 60% das receitas de bilheteira e a empresa privada com os restantes, explanou.

De fora das visitas, ficam, nesta “primeira fase”, o museu de Nunes Pereira, com mais de 15.000 peças, e o acervo de história natural, física e química, bem como outros espaços do seminário.

“Este é um espaço que a cidade, esmagadoramente, não conhece”, sublinhou o presidente da Turismo Centro, Pedro Machado, considerando que a sua abertura ao turismo permite alargar o “espaço de visitação” da cidade.

A novidade vai ajudar “a diversificar a oferta” em Coimbra, de modo a também mostrar que a visita à cidade não começa no Largo D. Dinis e termina na Portagem, frisou Pedro Machado.

O espaço pode ser visitado de segunda a sábado, das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 19:00.

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