Por Ventura, ante a grosseria e o ódio com efeito na ignorância, eu digo: “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazeis.”
(Mateus 25,40)
Desilusão! Vergonha! Confundem-se.
Ultrapassou-se toda e qualquer marca, toda e qualquer linha, seja ela qual for; seja ela a cor que for.
As afirmações de André Ventura não são afirmações – ao maltratar de modo totalmente inaceitável a qualquer dos outros candidatos, para se fazer em televisão.
Feitas por uma criatura a quem nós pagamos… E os insultos em público, são “registos” que até no Parlamento não devem permitir que se proferidos. Mas histórias… o problema é o Povo-Zé quem devia aprender com com os dislates “daquele senhor deputado”, e não aprende! Quando comerem as favas todas vêm queixar-se. Tarde, claro…
Não vemos André Ventura criticar “a classe máxima”! Não ataca a classe média, nem média alta! Quem o protege e a quem ele serve.
A classe a quem não protege – ao sector primário, ao que trabalha no duro, “a classe mínima”, essa, paradoxalmente, fica serena a ver passar a caravana, ufana pela gesticulação “cândida” e entusiasmada do senhor Ventura onde encontram o Homem Novo, o Messias.
Com tanta desgraça vou de uma ponta a outra: chorar por haver estas criaturas a quem nos catecismos nos dizem para chamar irmãos ou no, mínimo, semelhante. Por outro lado desmotiva. Até já pensei que o desmoralizar, o desmotivar, também faz parte da estratégia.
Reflectir, escrever sobre isso nem sei o que dizer ante tanta “vergonha”, tanta miséria, “vergonha”! Indignado.
Nós, na Comunicação Social, ao darmos voz e a ver ao Senhor Ventura deixamos de fazer serviço público. Serviço público era ignorá-lo. Estamos a semear um joio que daqui há uns anos nos arrependemos. Nós, os portugueses.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)