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Portugal e Galiza querem tornar rio Minho num “corredor sustentável”

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O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho manifestou ambição de criar, em articulação com a Galiza e através de candidaturas a fundos comunitários, um “verdadeiro corredor verde” nas duas margens do rio Minho.

“Posicionamo-nos para o próximo quadro comunitário de apoio [2030] com projetos para criar um verdadeiro corredor verde no rio Minho, para cuidar das suas margens ou concluir o circuito de ecovias, criando uma relação maior com o rio e captando turismo, e aumentando a sua sustentabilidade”, disse Manoel Batista à Lusa, a propósito da conferência Rio Minho – O Corredor Verde Transfronteiriço, que se realizou em Melgaço na sexta-feira.

O também presidente daquela autarquia do distrito de Viana do Castelo explicou que o evento pretendeu manifestar a “ambição do território em relação ao rio Minho”, visando “o desenvolvimento económico e social, mas também uma estratégia que cuida do rio”.

“Queremos tornar o rio Minho económica e ambientalmente sustentável”, resumiu, destacando o trabalho conjunto da CIM do Alto Minho com o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho e a deputación de Pontevedra, na Galiza, Espanha.

Manoel Batista adiantou que “há candidaturas [a fundos comunitários] já feitas, a aguardar aprovação” e “alguns projetos ainda para candidatar”.

“Trata-se de uma estratégia com ações para implementar o corredor verde no rio Minho”, indicou.

Fronteira natural entre Portugal e Espanha, o rio internacional nasce a uma altitude de 750 metros na serra de Meira, na Comunidade Autónoma da Galiza, e percorre cerca de 340 quilómetros até desaguar no oceano Atlântico, a sul da localidade de A Guarda, na Galiza, e a norte em Caminha, distrito de Viana do Castelo.

Durante a conferência, foi apresentada a Estratégia Rio Minho 2030, delineada por uma equipa multidisciplinar galego/portuguesa coordenada pelo professor Valerià Paül Carril, da Universidade de Santiago de Compostela.

A estratégia foi reorientada para a sua valorização integrada do rio e para a “infraestrutura verde e azul que gera”, no âmbito dos “desafios determinados pelas alterações climáticas – riscos naturais, emergências/proteção civil, bio-invasões, restauração ecológica, etc”, indicou.

“Isto relacionar-se-á com atividades económicas vinculadas diretamente com o rio Minho, como a pesca, o turismo verde ou a agricultura”, explicou.

O AECT Rio Minho foi constituído em 2018 e abrange 26 concelhos: os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra, com ligação ao rio Minho.

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