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Parlamento considera que morte de Albano Cordeiro “deixa grande vazio”

© Lusojornal

O parlamento português aprovou por unanimidade um voto de pesar da autoria da bancada socialista, nomeadamente dos dois deputados eleitos pela emigração na Europa, Paulo Pisco e Nathalie de Oliveira, e a ex-Secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes.

O voto de pesar é pela morte, no passado dia 30 de dezembro, em Paris, com 85 anos, o sociólogo e economista Albano Cordeiro, que a Assembleia da República descreve como “uma referência maior da presença portuguesa em França pela sua intervenção cívica, pela relevância do seu trabalho académico e pela dinamização do movimento associativo”. 

O voto de pesar descreve Albano Cordeiro como “um verdadeiro cidadão do mundo, pela adoção das suas várias identidades: português, francês, mas também moçambicano e italiano, o que só comprova o seu sentido humanista. Foi um académico “engagé”, professor e investigador no Centre National de Recherche Scientifique, em Grenoble, na Universidade Denis Diderot, em Paris VII e laureado em economia e demografia pela Universidade La Sapienza, de Roma”. 

Os deputados recordam que foi autor de vários trabalhos sobre a imigração portuguesa e sobre o movimento associativo e um ativista dos direitos humanos e defensor dos migrantes. Foi um homem de convicções e de causas e também um grande dinamizador do movimento associativo, tendo estado na origem da fundação de várias associações e movimentos cívicos. 

“Atento à situação dos portugueses em França e à sua intervenção na sociedade, manifestou sempre uma grande preocupação pela participação cívica e política, procurando incentivá-la para que a comunidade tivesse maior visibilidade”, pode ler-se na declaração que considera ainda que “Albano Cordeiro, era uma referência incontornável para os portugueses em França, com o seu percurso denso e a sua atividade multifacetada, com uma perspetiva lúcida e humanista das migrações, que marcou a perceção sobre a imigração portuguesa em França. O seu contributo é inestimável. A sua perda deixa um grande vazio”.

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