Médicos de família com recurso a profissionais aposentados e disponíveis?
Uma das imensas propostas para a Saúde que Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática, apresenta na respectiva lista: «Reforçar médicos de família com recurso a profissionais “que estão aposentados e disponíveis” e ao setor privado e social» e que me parece pouco coerente, é tudo aquilo que não se deseja numa campanha eleitoral séria e esclarecedora.
Com o avançar ao rubro da campanha eleitoral temos visto de tudo, desde o inenarrável André Ventura, àqueles de quem esperamos medidas assertivas. Se de facto existem os recursos humanos, porque faltam. Mas antes: se a Saúde não se pode basear no voluntarismo dos médicos, como sejam as horas extras além do permitido por Lei – e isto foi falado por todas as forças políticas, que está na origem de todas as contestações gerando a crise que se vive actualmente na Saúde em Portugal, obviamente que não podemos vir com propostas daquele tipo.
É importante apresentar propostas mesmo não concretizáveis, porque representa um compromisso, já é bom – é aquilo que diz uma pessoa muito ouvida, que é Luís Marques Mendes, na SIC no Domingo à noite, quando comentava a Convenção da Aliança Democrática levada a cabo neste Domingo, no Estoril.
Mário Adão Magalhães
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).