É sem aquela visão paroquial da coisa que aponta Elisa Ferreira para Comissária Europeia previsivelmente para a pasta dos Fundos Estruturais, na nova Comissão Europeia, presidida pela senhora Ursula von der Leyen, que venho dar nota do acto em si e de per si, dispensando o habitual fanatismo partidário.

A senhora Presidenta von der Leyen da Comissão Europeia fez pública a sua literal política impreterível de uma Comissão paritária. Ante os rigores que pretende imprimir, para os Fundos Estruturais a escolha de Elisa Ferreira, uma senhora que nos seus sessenta e três anos foi duas vezes Ministra, Eurodeputada desde 2004 a 2016, sempre com muito empenho e competência, exactamente com muitas provas dadas, é agora apontada como capaz. A senhora Elisa Ferreira é actualmente vice-governadora do Banco de Portugal, e todo o seu curriculum faz dela realmente consentânea.

É de louvar o consenso em torno de Elisa Ferreira, notoriamente do PS, que faz com que os encómios venham mesmo de forças políticas contrárias à sua, como é o caso do agora ex-comissário, Carlos Moedas, que foi proposto por Passos Coelho, em 2014 no Governo PSD / CDS, onde desempenhou importantes funções nas pastas da Investigação, Ciência e Inovação com sabedoria.

Não é comum este procedimento, esta parcimónia – antes, e, bem pelo contrário. Razão porque eu mesmo me sinto muito regozijado e, seguramente, sem cair na visão paroquial, com que habitualmente não simpatizo, lembro ao derredor as causas como o caso das pequeninas Matilde e Natália, mais o corpo de solidariedade aquando as tragédias de 2017 e 2018, assim unos.

Ora com isto, e sem grandes moralismos ou considerandos, todos nós devemos congratularmo-nos, quando com a devida distância e paixão, de que eu tanto falo, escolhemos as pessoas per si e não pelo Partido ou pelos credos e religiões.

Não posso deixar de lavrar a minha muito pequenina homenagem à Matilde e à Natália, que hoje estão a recuperar, de regresso em suas casas, tendo pela frente um futuro onde vão, com toda a certeza, continuar a ter forças para enfrentar “a dor” que vão enfrentar pelas suas vidas que se deseja longas e saudáveis.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)