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JMJ: peregrinos apreciam “mudança e abertura da Igreja de Francisco”

© Lusa

O terço rezado sábado de manhã em Fátima foi sentido de formas diferentes pelos peregrinos que se concentraram no Santuário para ver o Papa e que destacaram na mensagem de Francisco o desejo de uma Igreja aberta a todos.

Depois de uma noite passada ao relento e em oração, Célia Silva cumpriu o desejo que lhe motivou a viagem de Cruz de Légua, no concelho de Porto de Mós, ao Santuário de Fátima, e rezou o terço com o Papa Francisco.

“Foi diferente, é sempre diferente quando ele [Francisco] está presente” afirmou, considerando que “todas as palavras que ele diga tem algum sentido” na vida dos peregrinos.

Das palavras de Francisco destacou a mensagem de que “a Igreja é de todos, para todos”, um desejo a que se associa, convicta de que a mensagem do Papa conduzirá “a essa mudança”.

Leonor Alvarenga e o filho Nuno, portugueses radicados na Alemanha, são, durante as férias, peregrinos habituais no Santuário.

Este ano não quiseram perder a oportunidade de viver “um momento muito especial” e de, na oração com Francisco, “pedir por uma causa muito importante, que é a paz”.

Nuno, que viu o Papa pela primeira vez, viajou com a expectativa de lhe entregar um desenho. E mesmo não o tendo conseguido, não deu o tempo por perdido, abandonando o recinto de folha na mão e feliz.

Ciomara Rocha veio com um grupo que, apesar de ter alojamento em Fátima, passou a noite no Santuário, rotativamente.

Viram este esforço premiado e conseguiram ficar “num sítio privilegiado, mesmo à frente e com um bom ângulo” para verem o Papa percorrer, na sua viatura, o recinto.

Apesar do frio que se fez sentir de noite, o sacrifício “valeu a pena”, assegurou, acrescentando tratar-se de um momento que irá recordar para sempre.

À mensagem de Francisco, que reiterou a importância de uma Igreja para todos, Ciomara somou o apelo para que todos sejam também “abertos a todos, sem olhar a raças, etnias, idades”, acolhendo “cada um com as suas diferenças”.

Do Brasil, Gerciane Piovesan confessou ter sido “bem emocionante” a jornada que juntou hoje esta natural do Pernambuco, com a amiga Emilha Cruz, de S. Paulo, o marido e um amigo.

Católicos praticantes, em Portugal há seis meses, fizeram hoje questão de participar na cerimónia que pode contribuir para “o fortalecimento da Igreja”, explicou Emilha Cruz.

“O Papa só veio concretizar aquilo que nós já sabemos”, disse Emilha, juntado a sua voz aos muitos peregrinos que ao longo da Jornada Mundial da Juventude, que termina no domingo em Lisboa, têm repetido a mensagem de Francisco.

“Não devemos discriminar ninguém, Jesus veio para todos nós, sem distinção de pessoas”, rematou, enquanto se encaminhava para a saída do Santuário de Fátima.

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