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Derrota não manchou despedida da maior lenda do ténis português

© Lusa

João Sousa jogou esta quarta-feira o último encontro de singulares da carreira na primeira ronda do Estoril Open, no Clube de Ténis do Estoril, onde o francês Arthur Fils foi o derradeiro adversário a testar e a bater o ‘conquistador’.

Foram quase duas horas de encontro no court central do ATP 250 português entre o melhor tenista português de sempre e o jovem gaulês, número 37 do mundo, que acabou por levar a melhor em dois ‘sets’, pelos parciais de 7-5 e 6-4.

As bancadas do estádio encheram-se de fãs, amigos e familiares para assistir àquela que poderia ser a última batalha do vimaranense, de 35 anos, e não foram defraudadas no espetáculo proporcionado por ambos os jogadores a disputar um duelo muito especial.

Sousa, antigo top 30 mundial – foi 28.º – e atualmente no 272.º lugar no ranking, entrou determinado a lutar e a deixar tudo em campo, como sempre foi seu apanágio ao longo da carreira de 17 anos ao mais alto nível, mas o adversário, 16 anos mais jovem, mostrou-se mais forte e eficaz.

Num claro duelo de gerações entre um tenista da velha guarda, que levou à bancada muitos jogadores portugueses e, entre outros, o contemporâneo francês Richard Gasquet, e o jovem Arthur Fils, o primeiro momento de desequilíbrio surgiu no quinto jogo, quando Sousa cedeu o ‘break’ (2-3), antes de restabelecer a igualdade logo no jogo seguinte.

Na reta final do primeiro ‘set’, o gaulês intensificou, contudo, a velocidade da bola e, numa batalha de direitas, foi superior, adicionando serviços acima dos 200km/hora para passar para a frente do marcador, com uma quebra de serviço no 11.º jogo, servindo para fechar.

João Sousa, apesar de não ter sido uma fiel cópia do habitual guerreiro, reagiu e lutou por todas as bolas, que beliscaram quase todas as linhas da sua metade do ‘court’, mas o jogo possante e assertivo do opositor voltou a fazer a diferença no quinto jogo do segundo parcial, o suficiente para vencer o encontro.

Perante um jogador da nova geração da modalidade, João Sousa brindou o público português na sua despedida com um bom nível de ténis e, uma vez mais, a demonstração de garra, espírito de sacrifício, ‘fair-play’ – como uma bola que deu como boa depois de ter sido chamada fora pelo juiz de linha no oitavo jogo – e a capacidade de trabalho que o levaram ao topo do ténis mundial.

Pouco depois deste encontro, João Sousa voltou, por uma última vez aos courts, para enfrentar a dupla Marcelo Demoliner e Sem Verbeek, perdendo também.

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