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Ao ambiente subjaz o lucro

Os ganhos financeiros são na generalidade o primeiro propósito para a tomada das ditas medidas de protecção do Ambiente, que é o pagamentos dos sacos de plástico e embalagens nos hipermercados.

Com a obrigatoriedade de pagar sacos de plástico e embalagens quando compramos produtos nos hipermercados, como vem sendo prática e o valor que o Governo quer fazer o consumidor pagar em breve, está essencialmente subjacente o lucro ou retorno financeiro, do que propriamente a defesa do meio Ambiente. O uso desses artigos, e de acordo com o estilo de vida que nos últimos anos nos foi incutido, hoje são quase inevitáveis.

Lembra os conhecidos cartões Multibanco que apareceram nos finais dos anos 80, que em muito vieram facilitar a vida às entidades bancárias, desde a diminuição da mão humana, até à agilização dos diversos procedimentos e movimentos bancários. Depois de tornar o seu uso quase imprescindível, passámos a pagá-los das mais diversas formas.

Há práticas que com o tempo se torna quase impraticável reverter o uso, como é de facto com os sacos que se usam para comparar os mais diversos produtos. Se em tempo se abusou indiscriminadamente da disponibilização de sacos, hoje, por várias razões, não se pode levar de casa um molho de sacos para comprar, por exemplo, fruta a peso, ou ao quilo, como se diz.

Já penso que se poderia deixar de usar o design apelativo e as ilustrações e gravuras nas diversas embalagens e recipientes dos diversos produtos como iogurtes, lácteos, conservas e pacotes que tem resistência e durabilidade para além do seu uso e consumo, que na prática consomem-se em pouquíssimo tempo deixando de ter utilidade. Penso que um recipiente com menor qualidade e durabilidade, com ilustrações reduzidas ao mínimo que é identificar a marca e as designações legais, satisfazem a prática generalizada duma sociedade de consumo. 

Vejamos, por exemplo, se se justifica consumir um iogurte numa embalagem tal que de imediato perde a utilidade…

Mário Adão Magalhães

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