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A coesão ganhou em Bruxelas

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Foi aprovada em Bruxelas a proposta de aplicação de uma parte dos apoios financeiros previstos em sede de Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em infraestruturas e meios de transporte e mobilidade.

Todos sabemos o quanto lutaram autarcas, deputados e dirigentes partidários ao longo de décadas para que alguns dos investimentos previstos pudessem ver a luz do dia.

E não esquecemos o quanto a diabolização feita por alguns sobre o investimento público nestas infraestruturas, em Portugal e em Bruxelas, contribuiu para que a Comissão Europeia, num passado recente, tenha formado a convicção de que essas infraestruturas e meios não tinham razão de ser no plano do desenvolvimento do país. O trabalho e o resultado político do Governo junto das instâncias europeias devem ser enaltecidos.

Recordo bem o esforço da então CCDRN em Portugal e em Bruxelas para fazer valer o conceito do “last mile”, agora renomeado “missing links”, tendo em vista cumprir compromissos historicamente assumidos por vários membros de diferentes governos e até por primeiros-ministros. Há casos de pequenos investimentos de proximidade que têm perto que 40 anos de promessas por realizar. A decisão do Governo de integrar muitos desses objetivos no Plano Nacional de Infraestruturas (PNI) e, depois, no PRR, traduz uma vontade política: garantir um país mais coeso e mais competitivo.

Os investimentos previstos para todo o país podem vir a ser motores da integração de alguns setores das economias locais e regionais na economia nacional e desta na economia europeia, com ganhos nas condições de vida das populações. No plano de investimentos previsto até 2024, a região Norte terá condições para vencer alguns dos mais sérios obstáculos ao seu desenvolvimento.

José Luís Carneiro

 

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