Demis Roussos pereceu há cerca de quatro anos.
Com saudade lamenta-se enquanto semelhante. Lamenta-se a perda física de Roussos enquanto artista, como é óbvio.
Lembrando Roussos, é recuarmos à juventude. É relembrar a saudade dos tempos românticos por que cada coração jovem passa.
Não sendo, ao tempo, a música preferida, hoje a saudade pesa mais porque a maturidade é presente. E melhor se entende a música de Demis Roussos.
A nossa saudade agora pesa mais porque se perdeu um homem de peso. Com melodias que hoje já mais nos dizem.
Recordar, percorrer o tempo, é viver. É vermo-nos com as amigas na Livraria do senhor Melo a olhar as capas das revistas e lembrar o gosto especial de uma ou outra pelo músico.
É lembrar os velhos amores. Muitas vezes desamores. Desamores próprios da idade.
Vivamos pois, e recordemos Demis Roussos. Que num repente somos transportados à nossa juventude. Juventude apaixonada. Romântica. Amorosa.
Recordemos Roussos.
Mário Adão Magalhães
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)