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Projeto científico de jovens portugueses conquista prata na Ásia

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Três alunos de uma escola secundária em Ovar ganharam esta sexta-feira a medalha de prata num dos “maiores concursos” de ciência da Ásia para jovens pré-universitários com um projeto que testou a biodegradabilidade do plástico e esferovite usando larvas.

Em declarações à Lusa, a presidente da Fundação da Juventude, Carla Mouro, salientou a “cada vez mais impressionante qualidade” dos jovens cientistas nacionais e a importância que “apostar na ciência” tem para o país.

André Silva, Carolina Leite e Lara Pereira, todos com 18 anos, alunos da Escola Secundária Júlio Dinis em Ovar, conseguiram o segundo lugar no China Adolescents Science and Technology Innovation Contest (CASTIC) e foram ainda distinguidos com o “Special Award” pela Indonesian Young Scientist Association, prémio que dá acesso a um novo concurso promovido por esta instituição.

“É de salientar a qualidade, cada vez mais impressionante, dos projetos que os jovens portugueses apresentam nos concursos que a Fundação organiza. Este projeto que foi à China foi escolhido através da Mostra Nacional de Ciência e a qualidade dos trabalhos da Mostra é impressionante”, afirmou Carla Mouro.

Segundo a responsável, “esta distinção, entre outras que Portugal vai conseguindo, mostra que a aposta na Ciência tem resultados e não só resultados económicos”.

Coordenados pelo professor Carlos Oliveira, os três jovens cientistas apresentaram um projeto intitulado “Larvas: Praga ou Solução?”, que testou a biodegradabilidade do plástico e também da esferovite usando larvas-da-farinha (tenebrio molitor) e larvas de traça-da-cera (galleria mellonella).

Segundo informação veiculada pela Fundação da Juventude, “aquelas espécies de larvas, geralmente reconhecidas como pragas para cereais, para produtos armazenados ou para colmeias de abelhas, mostraram potencial para uma mais rápida degradação de poliestireno expandido e de vários tipos de plástico (sintético, reciclado e biodegradável), podendo abrir novos caminhos para lidar com estes materiais de lenta decomposição e de grande concentração no meio ambiente”.

O CASTIC é organizado anualmente pela Associação Chinesa de Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Educação chinês, contando já com 37 edições, sendo que a edição deste ano realizou-se em Wuhan, de 23 a 25 de agosto.

O evento recebe projetos científicos em várias áreas, das ciências sociais à astronomia, passando pelas ciências do ambiente, e reuniu mais de 500 alunos de toda a China e cerca de uma centena de participantes internacionais.

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