Os nativos do Togo são bastante simpáticos mas quando se trata de vendedores ambulantes a história é outra. Tornam-se chatos e maçudos para conseguir vender alguma coisa.
Apresento-vos o Ezequiel que fez alta festa quando me viu na rua. Parecia que me conhecia de algum lado mas não. O fulano vendia máquinas de cortar o cabelo e ao ver-me de cabelo comprido achou que iria conseguir vender o peixe dele.
Vi logo que toda a alegria estampada no rosto só poderia ter uma explicação. Após não mostrar qualquer interesse no produto que tinha, ficámos um pouco na conversa. Perguntei-lhe se fazia aquilo a tempo inteiro e respondeu-me que era padre e que vendia máquinas de cortar o cabelo nos tempos livres!
Fiquei na dúvida se estava a ser sincero ou a mentir. A verdade é uma, se eu fosse padre e vendesse também máquinas de cortar o cabelo interpelava os turistas de outra forma…
Tomai e Cortai, esta é a minha máquina. Quem rapar desta máquina viverá eternamente. Mas isso seria eu que sou palerma!
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