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Champions: o jogo que o Porto podia e devia ter ganho…

© Lusa

Uma desconcentração de Romário Baró perto do intervalo determinou a derrota caseira do FC Porto face ao FC Barcelona (1-0), na segunda jornada da Liga dos Campeões de futebol, isolando os espanhóis no topo do Grupo H.

No Estádio do Dragão, no Porto, o médio destacou-se pela negativa aos 45+1 minutos, quando errou um passe sem oposição perto do meio-campo e o alemão Ilkay Gündogan recuperou a bola, entregando-a para uma finalização certeira do suplente Ferran Torres.

Esse lance comprometeu os intentos dos ‘azuis e brancos’, que conseguiram moderar o característico jogo associativo dos campeões espanhóis, dos internacionais portugueses João Cancelo e João Félix, com uma exibição personalizada, mas sem eficácia à altura.

Numa noite em que Lamine Yamal se tornou o mais jovem a ser titular num encontro da ‘Champions’, com 16 anos e 83 dias, e Gavi foi expulso com dois cartões amarelos, aos 90+3 minutos, o FC Barcelona conservou a invencibilidade em 2023/24 e deu um passo importante na ‘corrida’ aos oitavos de final, objetivo falhado nas duas épocas anteriores.

Os catalães, que venceram a principal prova europeia de clubes em cinco ocasiões, têm seis pontos, três acima do FC Porto, segundo colocado, que perdeu pela primeira vez na prova e passou a estar em igualdade com o Shakhtar Donetsk, terceiro, na sequência do triunfo dos ucranianos na casa dos belgas do Antuérpia (2-3), último, ainda sem pontos.

Com os mesmos titulares da derrota face ao campeão nacional Benfica (1-0), da sétima ronda da I Liga, os anfitriões souberam desde cedo variar os momentos de pressão para limitarem a progressão dos catalães, cujo ‘onze’ resgatou Ronald Araújo e Oriol Romeu.

Um ‘disparo’ à entrada da área de João Félix desviado por Diogo Costa, aos 23 minutos, resumiu a produção atacante da equipa de Xavi Hernández, que foi concedendo alguns espaços atrás e viu Marc-André Ter Stegen a impor-se ante Stephen Eustáquio, aos 17.

O guarda-redes e capitão do FC Barcelona interveio novamente aos 38 minutos, quando Mehdi Taremi tentou emendar um centro rasteiro de Wendell, numa altura em que o FC Porto já tinha reequilibrado as operações e crescia com bola, mas pecava nas decisões.

Chamado para colmatar a saída por lesão de Robert Lewandowski, Ferran Torres atirou contra Diogo Costa, aos 44 minutos, e beneficiou de um passe errático de Romário Baró perto da linha divisória para, projetado por Gündogan, adiantar os ‘blaugrana’, aos 45+1.

O desalento apoderou-se dos ‘dragões’ a caminho dos balneários, mas João Mário, num ‘tiro’ alto, aos 46 minutos, e Pepê, que foi desarmado em zona frontal por Jules Koundé, desperdiçando uma solicitação em rutura de Taremi, aos 53, deram sinais de vitalidade.

Retirando conforto à circulação paciente do FC Barcelona, o FC Porto testou Ter Stegen pelo iraniano (67 minutos), que também cabeceou torto (63), Wendell (65) e Galeno (71), redimensionando o eixo ofensivo com a introdução de Evanilson, restabelecido de lesão.

O avanço do relógio levava o campeão espanhol a resguardar-se do derradeiro ‘assalto’ dos ‘dragões’, que tiveram uma grande penalidade de João Cancelo revertida com ajuda do videoárbitro (VAR) e um golo acrobático de Mehdi Taremi anulado por posição ilegal.

Nem a expulsão de Gavi no período de compensação colocaria em causa um desenlace ingrato para a equipa de Sérgio Conceição e simbólico para Xavi, que fez o 100.º jogo no comando do clube pelo qual se distinguiu como médio e capitão no início do século XXI.

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