O caso que envolve Armando Pereira chegou aos jornais franceses. O ponto da situação foi feito pelo próprio presidente da Altice, numa apresentação dos resultados da empresa. Patrick Drahi apresentou os resultados da empresa mencionando que a corrupção conta com uma maioria das empresas a operar em Portugal.

Cerca de 100 empresas foram identificadas pelas autoridades portuguesas como suspeitas de estarem envolvidas no esquema de corrupção que envolve a gigante de telecomunicações Altice, na “Operação Picoas”. Foi a informação divulgada por Patrick Drahi, fundador e presidente da Altice (na foto acima na companhia de Armando Pereira), durante uma apresentação dos resultados financeiros da empresa.

A ligação de Armando Pereira com a Altice foi esclarecida por Drahi, afirmando que Pereira deixou o cargo em Portugal em 2017, mas manteve-se vinculado ao grupo através de França. A sua consultoria também terminou em julho de 2023.

A investigação centra-se em suspeitas de viciação de processos de contratação, pagamento de vantagens indevidas, venda de património da empresa com prejuízo e desvio de dinheiro.

O esquema teria sido realizado através de uma rede complexa de empresas, muitas ligadas a Hernâni Antunes, colaborador próximo de Armando Pereira, ex-presidente da Altice Portugal com muitas ligações a negócios em França.

No relatório policial recebido pela Altice, Drahi revelou que cerca de 100 empresas, em diferentes jurisdições mas maioritariamente a operar a partir de Portugal, eram referidas.

A Altice mantinha relações com apenas 10 destas empresas quando as investigações foram tornadas públicas. A empresa imediatamente suspendeu os pagamentos a estas firmas e já substituiu a maioria por novos fornecedores.

Além das empresas, o relatório também menciona vários indivíduos, alguns conhecidos pelo grupo de telecomunicações, mas a maioria desconhecida. A Altice suspendeu 15 trabalhadores em Portugal, França e Estados Unidos e lançou investigações em diversos países, refere a imprensa francesa.