Zé de Portugal, Zé do mundo e da Madeira
Ainda te lembras Zé quando tu nasceste
Como vivias e vives a vida dessa maneira
O Bordalo Pinheiro convidou-te, mas tu rejeitaste.
Zé de Portugal, será que teu nome vem do Egipto?
Viveste Zé tantas estórias e tantas glórias
Que quando ouço teu nome até fico aflito
Eu Zé Valgode, às vezes duvido de certas estórias.
Sabes, daquelas especulativas e sem bom senso
E peço-te Zé: Conta-me por favor tua estória
Tomarei tempo para ti, e claro que penso
Se fores pessoa genuína terás lugar na História.
Mas advirto-te Zé, ou Zé da esquina, ou Zé do mundo
Que não vivas Zé no reino de pura aparência
Sabes Zé, vivemos num mundo sujo e e-mundo
E dificilmente se acredita hoje em pura inocência.
José Valgode