De que está à procura ?

Portugal

Um projeto para apoiar migrantes lusófonos que chegam a Portugal

“Parabéns pela vossa iniciativa. O trabalho da Associação precisa de continuar. Contem com o apoio do governo municipal da Praia que tem todo o interesse em ajudar a dinamizar as vossas ações”. Foi com estas palavras que Maria Clara Marques Rodrigues, presidente da Assembleia Municipal da Praia e do Conselho Geral da Associação Nacional dos Municípios Cabo-Verdianos, participou na Gala de apresentação oficial da Associação “Mais Lusofonia”, em Castelo Branco, no último dia seis de janeiro.

Esta nova instituição vai apoiar os cidadãos provenientes dos países lusófonos e a todos os migrantes que escolham Portugal para viver. Num primeiro momento, o foco estará nos estudantes cabo-verdianos que frequentam o Instituto Politécnico de Castelo Branco, mas outras iniciativas serão dimensionas com vistas a atender outros públicos.

Maria Clara Marques Rodrigues, que é também ativista social, cultural e ambiental, presidente do Conselho Fiscal de Caritas cabo-verdiana e membro do conselho diretivo em diversas associações, comentou que está com um “olhar positivo” sobre a atuação desta nova Associação junto do seu município.

“Em Cabo Verde, os Órgãos Municipais, do Município da Praia, têm tido um papel importante na busca de repostas às demandas dos jovens, no concernente à formação, ao emprego e ao lazer. O executivo camarário, junto com a Assembleia Municipal do Município da Praia, tem feito um trabalho meritório para a promoção de parcerias, dentro e fora do país, bem como junto às Câmaras Municipais e Instituições de formação no quadro da geminação e outras para mobilização de recursos, visando encontrar meios para a concretização dos seus desejos. É nesta perspetiva que se tem trabalhado com as associações, as empresas e a sociedade civil, para a materialização dos projetos, nomeadamente instituições e associação de cariz social e cultural no país e na diáspora, principalmente, a Associação Mais Lusofonia, que se pretende desenvolver atividades interessantes com o objetivo de uma melhor integração dos estudantes e busca de soluções para a promoção de uma inserção social mais autêntica, a fim de minimizar os desafios enfrentados no dia a dia. Estes objetivos vão ao encontro dos nossos propósitos, neste sentido que o nosso compromisso é trabalhar com a Associação “Mais Lusofonia” para que esses desideratos sejam uma realidade”, destacou Maria Clara Marques Rodrigues.

Por sua vez, Sofia Lourenço, presidente da Associação “Mais Lusofonia”, considerou que é importante contar com o apoio da Câmara Municipal da Praia e que faz todo o sentido aproximar o interior de Portugal ao mundo lusófono.

“A nossa Associação conta com membros ativos na sociedade civil e, embora esteja sediada em Castelo Branco, tem abrangência nacional e internacional, privilegiando o mundo lusófono. O nosso objetivo é promover várias iniciativas que visam à integração e ao intercâmbio dos estudantes de várias nacionalidades que se veem fixando na região com o mesmo elo de ligação, a língua portuguesa. Neste primeiro momento, vamos trabalhar em sintonia com a Câmara da Praia para auxiliar os estudantes de Cabo Verde com vistas a aumentar o seu aproveitamento escolar e a melhor perceção da cultura do seu país natal e do seu país de acolhimento”, explicou Sofia Lourenço, que é também jurista de formação, empresária e embaixadora de causas sociais em Portugal e no mundo.

Esta responsável esteve em Cabo Verde em outubro de 2022, quando conversou sobre as atividades da Associação com os responsáveis pela Câmara Municipal da Praia e da embaixada do Brasil naquele país.

Durante a Gala da Associação, que teve lugar na Quinta das Olelas, Retaxo, estiveram presentes, além de Maria Clara Marques Rodrigues, outras autoridades, que garantiram que irão apoiar as ações da Associação “Mais Lusofonia”, como o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Martins Rodrigues; o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Acácio Pereira; António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco; Jorge Pires, um dos responsáveis pela Escola Profissional do Conservatório de Castelo Branco; Vivência Ferreira Morais de Brito, embaixadora e Cônsul-Geral da República de Angola em Portugal; Carlos Santos, vice-cônsul da República de Angola em Portugal, além de entidades associativas e culturais locais e nacionais, como a Casa do Brasil – Terras de Cabral, representada pelo seu presidente, João Morgado; e Adriano Machado e Ana Sofia Pires, da Sociedade de Advogados Pinto Machado, com sede no Brasil e em Portugal.

Outro nome presente, e que aproveitou para discursar sobre o retorno de portugueses que estão no estrangeiro, mas que desejam voltar a investir e a viver no país natal, José Albano, diretor executivo do Ponto de Contacto para o Regresso do Imigrante – Programa Regressar, anunciou que a Associação poderá contar com o apoio desta plataforma nas suas ações.

Nesse mesmo dia, e antes da Gala de apresentação da Associação, teve lugar uma conferência proferida por Maria Clara Marques Rodrigues no auditório Comenius dos Serviços Centrais e da presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), subordinada ao tema: “O papel da Juventude na construção de uma Liderança Ativa: Que caminhos face aos desafios?”.

Ígor Lopes

Agência Incomparáveis

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA