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Um prémio para autores da diáspora

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, em representação do MNE, e Gonçalo Caseiro, presidente da administração da INCM, assinaram um protocolo que cria um prémio destinado a autores da diáspora.

Através do documento, MNE e INCM pretendem promover e divulgar a língua e cultura portuguesas através do prémio que será atribuído a obras inéditas de portugueses e lusodescendentes residentes no estrangeiro, nos domínios da ficção, poesia e ensaio.

Para José Luís Carneiro, esta distinção pretende “dedicar o reconhecimento àqueles que se exprimem de formas diversas nas comunidades de acolhimento”.

O secretário de Estado considera que este é um “prémio muito especial, desde logo pelo nome que foi escolhido”.

Ferreira de Castro nasceu em Oliveira de Azeméis em 1898, tendo emigrado para o Brasil aos 12 anos, onde, cinco anos depois, publicou o seu primeiro livro.

Neste país, viveu em plena floresta amazónica durante quatro anos. Terá sido durante esta fase que o autor idealizou “A Selva”.

“Dar o nome de alguém que foi emigrante, que dedicou parte da sua vida a escrever e a retratar os sentimentos e o modo como aqueles que partiram viveram, por vezes, em condições de adversidade, mas ao mesmo tempo o modo como venceram as condições de adversidades e a maneira como transformaram dificuldades em oportunidades, eu diria que constitui uma homenagem a toda a diáspora que, em todo o mundo, triunfou”, afirmou o secretário de Estado.

José Luís Carneiro destacou ainda o livro “Emigrantes”, no qual Ferreira de Castro aborda “uma dimensão que continua a ser relevante e muito atual nos dias que correm quando falamos das migrações”, referindo-se às “expectativas positivas de quem parte” e aos efeitos que as migrações têm naqueles “que se instalam na intermediação destes fluxos”.

As candidaturas para o galardão Imprensa Nacional/Ferreira de Castro deverão ser apresentadas entre 1 de abril e 30 de maio deste ano e serão avaliadas por um júri liderado pelo professor universitário Carlos Reis, especialista em estudos queirosianos.

Além de um prémio de 5.000 euros, o vencedor terá a obra editada pela INCM.

 

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