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Últimos quadros intactos retirados de Notre-Dame

Os últimos quadros que permaneciam no interior da catedral Notre-Dame e “que não foram danificados” foram colocados em segurança durante o dia de sexta-feira.

“Os quadros no interior da catedral foram poupados pelas chamas e poderam ser retirados, depositados e transportados em segurança”, anunciou o ministro Franck Riester, citado pela agência AFP.

“Todos os quadros foram retirados durante o dia”, referiu o ministro francês com a tutela do património e dos monumentos históricos.

Estas pinturas “não foram danificadas (…), estão em condições quase normais”, acrescentou Franck Riester, que falava no pátio da catedral devastada pelo incêndio na segunda-feira à noite.

Os quadros, entre eles grandes telas outrora oferecidas pelos ourives de Paris, foram depositados, cuidadosamente empacotados e colocados em camiões que as levarão para “locais seguros”.

Entre os quadros encontram-se obras de Laurent de La Hyre e de Charles Le Brun, dois pintores do século XXVII.

Depois de salvaguardadas estas obras, deverão permanecer na catedral apenas quatro, igualmente intactas, mas que ainda não estão acessíveis por razões de segurança.

“Estamos hoje num estado de espírito muito positivo em relação às obras que estavam na catedral”, afirmou Franck Riester.

O Presidente francês Emmanuel Macron recebeu hoje uma delegação da UNESCO para fazer o ponto da situação sobre as ajudas internacionais, acompanhado pelo general Jean-Louis Georgelin, nomeado pela presidência para supervisionar a reconstrução de Notre-Dame.

Numerosos países como a Rússia, os Estados Unidos, o Chile, a Alemanha ou Marrocos ofereceram ajuda para a reconstrução da catedral.

O Presidente russo, Vladimir Putin, manifestou-se disponível para “enviar para França os melhores especialistas russos”, o Presidente norte-americano, Donald Trump, também ofereceu a ajuda de especialistas americanos e o Presidente chileno, Sebastian Pinera, propôs quinta-feira enviar cobre e madeira.

O incêndio na catedral de Notre-Dame, um dos edifícios icónicos de Paris e da arte gótica, foi declarado extinto pelas autoridades francesas pouco antes das 10:00 de terça-feira (09:00 em Portugal).

O incêndio, que demorou cerca de 15 horas até ser extinto, começou na segunda-feira, cerca das 18:50 locais (17:50 em Portugal).

A Procuradoria de Paris disse que os investigadores estavam a considerar o incêndio como um acidente.

No local, o Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o pior tinha sido evitado e prometeu que a catedral do século XII será reconstruída.

A tragédia de Notre-Dame gerou mensagens de pesar e de solidariedade de chefes de Estado e de Governo de vários países, incluindo Portugal, bem como do Vaticano e da ONU.

“Majestoso e sublime edifício”, como escreveu em 1831 o escritor francês Victor Hugo no seu romance “Notre-Dame de Paris”, a catedral foi construída em 1163 e iniciou a função religiosa em 1182.

 

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