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Traumatismo ucraniano

Portugal sofreu esta segunda-feira a primeira derrota na qualificação para o Euro2020 de futebol e ficou arredado do primeiro lugar do grupo B, depois de cair por 2-0 na Ucrânia, que acabou por ser um justo vencedor.

No Estádio Olímpico de Kiev, os golos de Yaremchuk, aos seis minutos, e de Yarmolenko, aos 27, resultaram na terceira derrota de Fernando Santos em jogos oficiais desde que assumiu o comando da seleção nacional, em outubro de 2014, num encontro em que Cristiano Ronaldo ainda reduziu, aos 72, de grande penalidade.

Do lance do penálti, Stepanenko viu o segundo amarelo e deixou Portugal com mais uma unidade em campo, mas, mesmo assim, os campeões europeus tiveram muitas dificuldades em fugir à ‘teia’ criada pela Ucrânia, que em todo o jogo foi mais inteligente, mostrando uma excelente organização tática.

Já nos descontos, em desespero, Danilo ainda acertou na barra, mas a seleção nacional acabou por sair novamente derrotada de Kiev, e outra vez por 2-1, como tinha acontecido na sua primeira deslocação à capital ucraniana, em 1996.

A derrota afasta Portugal do primeiro lugar do grupo B, já conquistado pela Ucrânia, mas mantém a formação lusa bem perto do apuramento, bastando vencer os dois jogos que faltam, perante a Lituânia, em 14 de novembro, no Algarve, e no Luxemburgo, três dias depois.

Em relação ao último jogo, Fernando Santos lançou João Mário e Gonçalo Guedes no ‘onze’, para os lugares de Bruno Fernandes e João Félix, respetivamente, o que acabou por ser uma aposta falhada do selecionador nacional.

Guedes saiu ao intervalo e João Mário foi rendido por Bruma, aos 68 minutos, mas também podia ter ficado nos balneários após a primeira parte, tal o desacerto demonstrado.

Com um Olímpico de Kiev lotado (70 mil pessoas), em dia de feriado de orgulho nacional no país, Yaremchuk levou os adeptos ao delírio logo aos seis minutos, quando aproveitou uma defesa incompleta de Rui Patrício.

Na sequência de um canto, o guarda-redes português ainda impediu o primeiro cabeceamento de Kryvtson, mas nada pode fazer para parar Yaremchuk.

Em desvantagem, Portugal passou a ter mais bola, com a Ucrânia fechada e à espreita sempre de um ataque rápido, mas, logo nesse momento, ficou demonstrado que iria ser uma noite desinspirada para Portugal.

Tanto Ronaldo como Bernardo Silva estavam a ter dificuldades em aparecer no jogo e, num lance de total desconcentração portuguesa, a Ucrânia chegou ao segundo golo, com Yarmolenko a aparecer totalmente soltou na área, após centro da esquerda, aos 27 minutos.

Tudo estava a correr mal a Portugal e assim continuou até ao intervalo, com Bernardo Silva a aparecer apenas aos 32 minutos, num lance com defesa de Pyatov, e Ronaldo a ter apenas o seu primeiro remate já mesmo em cima dos 45, por cima.

Fernando Santos tirou Guedes, muito apagado, e colocou João Félix ao lado de Ronaldo, com Portugal a passar para um 4-4-2, com Bernardo Silva e João Mário.

Mesmo com Portugal a continuar a demonstrar um futebol atabalhoado e com poucas ideias, Ronaldo bem tentou reduzir a diferença, mas Pyatov, com mais ou menos dificuldades, foi impedindo o avançado português de marcar.

Já com Bruno Fernandes e Bruma em campo, a seleção nacional continuou a ter muitas dificuldades para conseguir criar ocasiões de golo, mas tudo podia ter mudado aos 72 minutos, quando Stepanenko viu o segundo amarelo, por mão na bola, e Cristiano Ronaldo reduziu de grande penalidade.

Quando era esperado que mostrasse finalmente os seus ‘galões’ de campeão europeu e encostasse a Ucrânia às ‘cordas’, a equipa lusa entrou num festival de passes falhados e jogadas individuais, que acabaram por dar ainda mais confiança à formação da casa.

Mesmo com menos uma unidade, a Ucrânia foi escondendo a bola, enquanto os jogadores portugueses pareciam cada vez mais nervosos, o que levou a um final frenético.

Já com Pepe no lugar de ponta de lança, Portugal rendeu-se às bolas longas e foi nos descontos que teve as melhores oportunidades para empatar.

Primeiro, Pyatov voltou a parar Ronaldo e depois foi Danilo, que, com um remate à entrada da área, fez a bola embater com estrondo na barra.

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