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Se mal pergunto

Contras da eutanásia dizem que o ser humano goza do direito à vida, que é condigno viver.

Quando alguém vive apegado à vida por um fio duma máquina, ou encharcado em paliativos que criam efeitos secundários que são uma espiral gerando a falência de orgãos que debilitam gradualmente o doente, haverá moral de deixá-lo pendurado?

Meia dúzia de ex-bastonários da Ordem dos Médicos manifestam-se contra a eutanásia. Devem ser opiniões mais avalizadas.

Sempre defendi que ninguém consegue sentir aquilo que outrém sente, inclusivamente em qualquer área.

Defendem aqueles que a vida é um direito inviolável.

Será lídimo um indivíduo ter nada mais em derredor, penar cada dia sem saber sequer o que se passa cá fora? Isto não é uma eutanásia a caprichar em cada segundo da existência física de cada paciente? Será que não pode escolher entre uma e outra eutanásia?

Será que é mais digno viver submetido a derivados de verdadeiras “drogas” além das químicas e não surtir efeito?

Não será isto uma espécie de masoquismo?

O que é realmente mais digno? O capricho do sofrimento permanente a que devota o corpo e, não desistindo de viver – sublinhe-se, encontra o lenitivo para a sua existência física?

Tenho uma curta frase de minha autoria que concentra tudo isto, mas que por razões análogas não encontro.

“A vida é um direito inviolável”. E quando alguém assassina outro alguém, mesmo que acidentalmente? Cumpre logo numa primeira análise um castigo tamanho?

Diz o povo que com o mal dos outros pode bem.

Há outros rifões mais ou menos escatológicos que confirmam esta sina.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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