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Sabes…

Sabes mãe,  hoje só o silêncio habita a minha pele.
Os homens roubaram me a palavra e o poema.
A minha simbiose de poesia que um dia me ligou a ti.
Sabes mãe, a primavera ainda me lava as lágrimas e a saudade
Ao longe os pássaros ensaiam um último cântico de adeus
Imenso, doloroso, inquietante!
Agora, apenas eu, tu  e o silêncio efémero  do desencanto.
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