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Cientistas portugueses debatem financiamento europeu pós-Brexit

As oportunidades de acesso a financiamento europeu pós-Brexit vão ser debatidas a 12 de junho no LUSO 2021, o encontro anual dos estudantes e investigadores portugueses no Reino Unido, organizado pela associação PARSUK. 

Apesar de ter saído da União Europeia, o Reino Unido garantiu através do Acordo de Comércio e Cooperação com a UE a participação em alguns programas, nomeadamente no Horizonte Europa”, o programa-quadro de financiamento de investigação e inovação.

“Sabemos que o Reino Unido é um dos principais parceiros de Portugal a nível científico. A nós interessa-nos muito manter essa colaboração porque Portugal tem uma diáspora muito bem organizada no Reino Unido”, disse à agência Lusa Márcia Costa, presidente da PARSUK, associação atualmente com mais de 1.800 membros.

O programa Horizonte Europa tem um orçamento de 95,5 mil milhões de euros e estende-se até 2027.

O estatuto de membro associado permite a cientistas, investigadores e empresas do Reino Unido acederem ao financiamento do programa em condições equivalentes às de organizações dos países da UE.

O tema vai ser introduzido por Ana Neves, coordenadora executiva da rede ‘Portugal in Europe Research and Innovation Network’ (PERIN, na sigla em inglês), entidade responsável pela estratégia de reforço da participação nacional no programa Horizonte Europa.

Depois vão decorrer duas sessões paralelas de trabalho, uma intitulada “Oportunidades de Financiamento para ciência, investigação e inovação” e outra chamada “Pensar o presente, preparar o futuro: Conversa sobre carreiras”.

Nas duas sessões do LUSO 2021 vão estar representantes da Fundação para a Ciência e Tecnologia, fundação britânica Wellcome Trust, Universidade de Oxford, universidade Imperial College London e Embaixada de Portugal no Reino Unido.

“As duas sessões paralelas são focadas, dependendo da progressão da carreira em que o investigador ou estudante estão: uma sessão é mais para investigadores mais juniores, como doutorandos ou em pós-doutoramento, e outra destinada a investigadores seniores”, explicou Márcia Costa.

O impacto do Brexit não se faz sentir apenas no financiamento, mas também na mobilidade e, apesar de estarem previstas facilidades para cientistas, ainda estão por definir questões como vistos para estágios ou colaborações curtas.

“Tínhamos bolsas de quatro semanas e para esses alunos ainda estamos a tentar perceber como podemos continuar a trazê-los, porque esse tipo de estágio não está previsto na lei para obter visto”, revelou.

O evento, que já vai na 14.ª edição, será aberto pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e realiza-se em formato digital pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia de covid-19.

Entre os oradores estão o Presidente do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Manuel Mendonça e a Conselheira na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia, Luísa Henriques. O encerramento será feito pelo Embaixador de Portugal no Reino Unido, Manuel Lobo Antunes.

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