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Colunistas

Recortes de jornais de Portugal e Espanha

25% das LOJAS fecharam em Espanha desde o início da pandemia – os preços de aluguer das lojas nas melhores ruas baixaram 16% e agora começam a estabilizar:

  • A pandemia teve um impacto fortemente negativo no comércio em geral.
  • Os proprietários estão não só a baixar as rendas, mas também a ser flexíveis com os seus inquilinos, oferecendo períodos de carência, introduzindo rendas em função das vendas geradas, … .

As cadeias de LOJAS reinventaram-se com a crise pandémica:

  • O Consumidor quer continuar a ter lojas, mas também fazer compras online.
  • A OMNICANALIDADE sofreu um forte impulso com a pandemia.
  • Os comerciantes reorganizaram os seus espaços por zonas de distribuição de pedidos, de devoluções, e áreas de demonstração das experiências que aportam os produtos.
  • Presentemente, há um desajuste entre a oferta e a procura de muitos produtos, o que tem causado o colapso de muitas cadeias de abastecimento mundiais. A subida das matérias-primas, que nalguns causos chegou aos 50%, da eletricidade e do preço dos transportes, cujos fretes marítimos tiveram um incremente de 500% no último ano, o que gerou um incremento histórico da maioria dos custos de produção.

As pessoas não recebem SALÁRIOS MÉDIOS:

  • As empresas não podem pagar salários acima da produtividade, sob pena de colapsarem.
  • As empresas estrangeiras, mais expostas à concorrência internacional, pagam salários médios 40% superiores às nacionais: pagam 1.414/ mês a cada trabalhador, quando as nacionais se ficam pelos 1.010 €/ mês. Há uma parte desta diferença que tem a ver com a produtividade, mas também há muito poder do mercado.
  • O Salário Médio nacional acaba por ser positivamente influenciado pelo elevado nível de desigualdade. Por exemplo, os salários dos Futebolistas ou dos Gestores de Topo distorcem o valor do Salário Médio.
  • O SALÁRIO MEDIANO deveria ser o indicador certo, que é o salário auferido pelo trabalhador que está no meio da tabela salarial nacional. E se o Salário Médio é de 1.005 €/ mês, já o Salário Mediano é de 720 €/ mês. Uma diferença abismal.

O TRABALHO COLABORATIVO monopoliza 85% da semana laboral. Estar sempre disponível para ajudar tem custos elevados:

  • Ser aquele colega que todos procuram quando precisam de ajuda tem custos pessoais e empresariais elevados.
  • O TRABALHO COLABORATIVO – tempo que gastamos a ajudar colegas e amigos nas suas trarefas, a responder a Emails/ mensagens de SMS ou WhatsApp/ Telefonemas ou a participar em reuniões – aumentou em 50% nos últimos 10 anos, consumindo +85% do tempo de trabalho semanal dos profissionais qualificados.
  • Estas solicitações, muitas vezes invisíveis aos olhos do Management, penalizam os “bons colegas/ amigos” – profissionais com perfis mais disponíveis a ajudar. Não só reduzem a produtividade decorrente da dispersão constante pelas diversas solicitações não programadas, como degradam a saúde física e mental dos profissionais em causa e, consequentemente, a “perda de agilidade” e capacidade de inovação das empresas empregadoras.
  • O TEMPO DE REFLEXÃO é fundamental para realizar trabalho cognitivo, essencial à motivação, desempenho e evolução dos profissionais.
  • O Email e outras plataformas de colaboração internas representam 42% do tempo de trabalho de um colaborador qualificado – tempo que é roubado ao trabalho individual, realizado a solo e com maior profundidade.
  • Quanto mais tempo consumimos em tarefas colaborativas, mais tempo gastamos a desempenhar as tarefas críticas que requerem concentração.
  • O excesso de “Trabalho Colaborativo” aumenta a ansiedade dos profissionais, a pressão para a “hiper-resposta” e aumenta o risco de “burnout”.
  • Quando um profissional inicia uma tarefa critica, com maior exigência cognitiva, precisa de pelo menos 20 minutos para se CONCENTRAR. As constantes solicitações não programadas, por regra em plataformas distintas, têm por conseguinte um forte impacto na produtividade e na capacidade de geração de bons-resultados.

AUMENTE A PRODUTIVIDADE:

  • RESERVE TEMPO PARA PENSAR:  Bloqueie na sua agenda tempo para refletir. Pode começar o dia a responder a Emails, de seguida 2 horas sem interrupções para trabalho criativo ou reservar blocos de 15 minutos ao longo do dia para responder a Emails e SMS/ WhatsApp/ Telefonemas.
  • FILTRE os Emails e as solicitações não programadas: os profissionais mais produtivos criam regras para evitar as interrupções constantes, por exemplo, desligando o Email e outros canais de contato em alguns momentos do dia.
  • BALIZE AS REUNIÕES: Evite as reuniões longas e improdutivas, preparando-as antes.

A indústria do LUXO manteve-se imune à pandemia:

  • A economia mundial sofreu a maior crise económica de que há memória, mas na indústria do LUXO, a procura supera a oferta. O setor está a ter um êxito nunca visto. Há muita polarização. São os mais ricos que estão a impulsionar a recuperação.
  • A faturação agregada das empresas de produtos de LUXO continuou a crescer com a crise pandémica, em especial nos segmentos da joalharia, cosmética e do mobiliário de alta-gama. A pandemia incrementou o Nº de pessoas ricas em 6%:  Espanha tem 1.147.000 milionários. Adicionalmente, a classe média-alta, poupou durante meses e está também havida por gastar.
  • As zonas prime nas grandes cidades continuam a ser as mesmas, não cresceram, mas há cada vez mais gente com muito dinheiro para aí comprar casas.
  • O mercado premium espanhol vai para além das grandes cidades. Os ritmos de venda multiplicaram-se no setor residencial de luxo junto à costa: “muitos estrangeiros descobriram com a pandemia que Espanha oferece infraestruturas de saúde de qualidade, colégios internacionais e um ótimo clima, que os atraem a mudar-se com a família para viver todo o ano nesses locais. É muito mais atrativo passar o inverno em Marbella do que em Estocolmo”.
  • Outro efeito da pandemia: o Teletrabalho atraiu muita endinheirada a residir em Espanha, que procuram apartamentos e vilas luxuosas que lhes garantam segurança e comodidade, desenhados por arquitetos de renome.
  • O setor dos Iates e dos Jets privados também apresenta interessantes taxas de crescimento desde a crise pandémica.

TURISMO EM ESPANHA:

  • Em 2021 voaram para Espanha 50% dos passageiros que o fizeram em 2019 (antes da pandemia).
  • 80% dos Turistas chegam a Espanha por avião.
  • Em 2021, Espanha recebeu 43% dos Turistas que a visitaram em 2019, que no seu conjunto geraram um volume de negócios similar aos gerados em 2003.
  • A INCERTEZA continua a ser o “calcanhar de aquiles” do Turismo – a maior indústria de Espanha, cujo processo de recuperação para níveis pré-covid não deverá chegar antes de 2024.
  • A recuperação do setor hoteleiro pós-pandemia tem sido feita de forma muito desigual: o segmento Premium (hotéis de 4* e 5* estrelas) está a evoluir muito melhor que o Low Cost.
  • 2019 foi o ano record do Turismo em Espanha: receberam 83 Milhões de viajantes.

EXCLUÍDOS PELO ALGORITMO:

  • O ritmo acelerado a que se desenvolvem os mercados impõe às empresas a necessidade de recrutar os candidatos certos com a maior rapidez possível. Para cumprir este desígnio, as empresas recorrem à Tecnologia e à Inteligência Artificial para apoiar o recrutamento de candidatos, sobretudo nas fases iniciais de triagem e seleção de CV’s.
  • Entre os candidatos maioritariamente excluídos pelo crivo do algoritmo nos processos de seleção estão os profissionais séniores, pessoas que durante algum tempo e por algum motivo estiveram afastadas do mercado de trabalho e têm “fossos” nos CV’s, profissionais sem formação superior, desempregados de longa-duração, imigrantes e refugiados, pessoas com deficiências, … .
  • 50% das empresas dos EUA tem um filtro de seleção que exclui profissionais com CV’s descontínuos – com pausas entre funções -, desconsiderando os que tenham intervalos de tempo de 6 ou mais meses por preencher.
  • Os candidatos devem otimizar os seus CV’s para os tornar resistentes ao crivo do algoritmo, eliminando referências que os podem penalizar e reforçando competências que detêm, intensificando o uso de determinadas palavras-chave.

Como “fintar” o algoritmo nos processos de recrutamento:

  • USE AS PALAVRAS-CHAVE CERTAS:  Os algoritmos procuram nos CV’s palavras-chave compatíveis com a função, qualificação e experiência definidas pelo recrutador.
  • QUANTIFIQUE OS SEUS “ACHIVEMENTS”:  Ser específico é uma regra de ouro. Terá maiores hipóteses de passar à etapa seguinte se quantificar os “achievements” ao longo da carreira, em especial nos últimos 10 a 15 anos. Para além de listar as empresas e cargos ocupados, descreva também e quantifique os “achievements” em cada um dos mesmos. Por exemplo, “liderava 20 colaboradores e supervisionava as vendas no mercado nacional e no estrangeiro, que cresceram 40% nos últimos 3 anos”.
  • Não coloque no CV fotografias, gráficos ou tabelas, e utilize títulos tradicionais para separar as seções (habilitações académicas, línguas, habilitações profissionais, …), hierarquizando sempre os cargos ocupados do mais recente para o mais antigo.     

O Salário médio em Portugal é o 4º mais baixo da EU, atrás da Grécia, Hungria e Eslováquia:

  • Entre 2008 e 2019 o salário médio aumentou 6.8% em termos reais, cerca de 0.6%/ ano, enquanto o Salário Mínimo subiu 27% em termos reais, tendo incrementado 44% entre 2008 e 2022.
  • Só é possível incrementar os salários através do aumento das qualificações, da captação do investimento, da redução da carga fiscal sobre o trabalho e através melhoria dos modelos de governance das empresas.
  • O problema da estagnação dos salários não é exclusivo de Portugal:
  • A Globalização expõe os países à concorrência por parte de economias que praticam salários muito baixos, o que causa pressão sobre os custos e uma restrição forte à subida salarial em setores expostos à concorrência internacional. A economia portuguesa tem um peso elevado de setores intensivos em trabalho e com menos incorporação de conhecimento e tecnologia nos processos produtivos face a outros países da EU.
  • A Evolução Tecnológica que torna cada vez mais redundante a mão de obra indiferenciada, causando pressão negativa sobre os salários e a perda do poder negocial dos sindicatos.
  • A partir de 2016 a tendência de compressão dos salários em começa a inverter-se ancorada, em parte, na subida do salário mínimo e na progressiva diminuição do desemprego.
  • 47.9% dos trabalhadores por conta de outrem têm no máximo o 9º ano de escolaridade. O PIB por hora trabalhada em Portugal é o 4º mais baixo da EU.
  • Há incrementar os investimentos em setores de elevado valor acrescentado (Tecnologias, …).
  • O Salário dos Jovens é mais baixo do que das gerações mais velhas e o Prémio das qualificações superiores está em queda.
  • O Salário mediano dos jovens à entrada no mercado de trabalho com Ensino Superior é de 722 € Líquidos/ mês, com o Ensino Secundário de 660 € Líquidos/ mês e com o Ensino Básico de 553 € Líquidos/ mês. O Prémio associado à qualificação superior tem vindo a diminuir.
  • Temos em Portugal um problema com o perfil e conteúdo de diversos cursos, que estão pouco alinhados com as mudanças no mercado de trabalho. Muitas das qualificações são apenas académicas e não têm valor no mercado de trabalho.
  • O TELETRABALHO, reforçado com a pandemia, pode ser uma forma de conciliar a não emigração com os salários internacionais – de continuar a viver em Portugal e auferir dos salários de profissionais residentes no estrangeiro. Esta é uma forma de aumentar a pressão das empresas nacionais para o aumento dos salários.  

Nos dias de hoje não basta gerir uma empresa, há que gerir a Incerteza pelo que é necessário Talento, Criatividade e Compromisso:

  • Tudo muda a uma velocidade cada vez mais acelerada: a Globalização, a Tecnologia, as Estratégias, as relações entre companhias, os novos negócios …
  • Temos que nos acostumar às mudanças inesperadas, problemas novos e às surpresas. Não podemos dar respostas de ontem a problemas do amanhã !
  • Os negócios são uma parte do Management, que é algo muito mais amplo. Há que formar líderes empresariais que não só saibam gerir os riscos dos negócios, mas que também sejam capazes de gerir a incerteza, algo que é uma constante nos tempos atuais.  

As Compras Online cresceram 40% em 2021 apoiadas nos segmentos da Eletrónica, Tecnologia e da Moda – a fidelização dos clientes a este canal continua a aumentar.

A nova economia está marcada pela Digitalização feroz do sistema produtivo, pela Inovação e pelo crescente domínio das Plataformas (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft).

Na última década fecharam 37% das empresas industriais sedeadas na Catalunha, Espanha:

  • Em 2001 o setor industrial dava trabalho a 28.4% dos Catalães e nos dias de hoje apenas emprega 16.9% da população.
  • Entre 1999 e 2019 encerraram 35.7% das empresas, o que levou ao despedimento de 26.1% dos trabalhadores fabris catalães (140.932 pessoas).

A economia nacional foi uma das mais lentas da Zona Euro nas últimas décadas. O problema reside na PRODUTIVIDADE e a solução passa pelo aumento das Qualificações, + Investimento e empresas de maior dimensão:

  • De 1999 a 2021, Portugal teve a 3ª taxa de crescimento mais lenta da Zona Euro e o PIB acumulou um saldo de 28%, o que corresponde a uma taxa média de crescimento de 1%/ ano (pior só a Grécia e Itália).
  • O resultado que se obtém depende da quantidade de cada fator produtivo que se usa e da forma como são combinados. É daí que se extrai a produtividade, que mede aquilo que se produz por hora, por trabalhador ou por investimento realizado. É possível crescer e produzir mais, usando mais trabalhadores, mais capital ou tendo ganhos de produtividade.
  • O problema é a questão da baixa produtividade do trabalho para a qual contribui de forma fundamental a baixa intensidade de capital.
  • Portugal pontua mal a nível do Global Competitiveness nas seguintes áreas: eficiência do sistema legal na resolução de conflitos, qualificações dos trabalhadores, complexidade dos impostos e tarifas, baixa mobilidade interna do trabalho e na gestão e cultura empresarial.
  • Nos últimos 30 anos é sobretudo a falta de crescimento na produtividade que é responsável pela estagnação portuguesa.
  • Há que estimular a concorrência e as exportações, através do investimento publico e da redução da carga fiscal, o que exige uma melhor gestão das contas publicas, e promover a inovação para subirmos na cadeia de valor.
  • A estrutura produtiva da economia está especializada em setores de baixo valor acrescentado e baixa intensidade tecnológica, o que leva ao baixo aproveitamento da inovação tecnológica e da procura dos mercados internacionais, onde muitas vezes competem por custos baixos.

Faltam grandes empresas em Portugal – as maiores empresas são mais produtivas, mas apenas representam 0.8% do n/ tecido empresarial:

  • A Dimensão Média de uma empresa portuguesa é de 12 pessoas.
  • O tecido empresarial é dominado por micro e pequenas empresas, as médias empresas, entre 50 e 249 pessoas, representam 2% do total e as grandes empresas, com mais de 250 pessoas, não chegam aos 0.8%. Números que afetam fortemente a produtividade e o crescimento da economia.
  • Tipicamente, as maiores empresas são muito mais produtivas porque tiram partido das economias de escala ao nível da produção inovação, internacionalização e conseguem pagar a equipas de gestão mais profissionalizadas. Políticas publicas que promovam e apoiem as fusões empresariais são essenciais.
  • As microempresas em Portugal absorvem mais de 40% do Emprego, mas geram menos de 25% do valor acrescentado. As grandes empresas absorvem 22% do Emprego, mas criam 32% do valor acrescentado.
  • Ganhar escala e competir nos mercados internacionais é determinante, pois são essas as empresas que mais crescem, são mais produtivas, criam maior valor acrescentado e pagam melhores salários.

Apenas 10% dos portugueses fizeram FORMAÇÃO em 2020:

  • Falta de tempo, custos financeiros e razões familiares são os principais obstáculos apontados pelos portugueses pela baixa participação em projetos de Educação e Formação ao longo da vida.
  • Os benefícios da educação e da aprendizagem ao longo da vida geram claros beneficios ao nível da Empregabilidade, Remunerações, e do bem-estar pessoal.
  • Vivemos tempos de profundas e aceleradas mudanças sociais, tecnológicas e profissionais.
  • As alterações profissionais e no mercado de trabalho trazem novos desafios, mas também oportunidades. Muitas profissões que conhecemos hoje irão desaparecer em breve e novas especializações irão surgir e ter mais procura, nomeadamente na área digital. A aprendizagem ao longo da vida é o único caminho para acompanhar esta evolução.
  • Motivos para se tornar num eterno APRENDIZ:
  • Desenvolvimento de carreira associada à melhoria da performance e da satisfação profissional;
  • Progredir da carreira o que pode requerer o desenvolvimento de novas competências;
  • Transitar para outra profissão e colmatar o gap de competências;
  • Tornar-se um profissional único, através do domínio de algumas competências críticas na sua área de especialização;
  • Aumento da autoestima, autoconfiança e do bem-estar pessoal e social,    

A banca em Portugal está há muitos anos em processos de reestruturação e downsizing:

  • Nos últimos 20 anos o Nº de bancários teve uma quebra de cerca de 50%, tendo fechado 40% dos balcões.
  • O forte downsizing deve-se ao rombo financeiro provocado pelos maus créditos e ao impacto da política monetária de juros baixos desde o advento do Euro, que no seu conjunto esmagaram a rentabilidade do setor, para além dos processos de digitalização das diferentes operações bancárias.
  • Já antes de 2011, a informatização dos serviços centrais dos bancos levara à saída de milhares de trabalhadores. Depois chegou a DIGITALIZAÇÃO do relacionamento dos clientes com o banco, que acelerou o nº de saídas e cortes nas estruturas.
  • Em setembro ’21, 62.9% dos portugueses com conta bancaria usaram o serviço de internet ou a aplicação do banco no telemóvel para fazer operações.   

A escassez de materiais na indústria transformadora alemã agravou-se consideravelmente em novembro ’21:

  • 74.4% das empresas industriais alemãs queixaram-se de estrangulamentos e problemas na aquisição de produtos intermédios e matérias-primas.
  • O número de empresas com problemas de aprovisionamento aumentou em quase todos os setores de atividade, com exceção dos fabricantes de equipamentos elétricos.
  • O constante aperto no aprovisionamento associado a encomendas terá definitivamente um impacto na evolução dos preços.   

Somatório de constrangimentos que tem vindo a pressionar o preço das casas nos últimos tempos:

  • PREÇOS DOS TERRENOS;
  • Escassez de MÃO DE OBRA: um problema que assola o setor da construção e que tende a agravar-se quando se iniciarem as primeiras obras com os dinheiros do PRR, onde se espera que haja uma deslocação de trabalhadores do setor da habitação para as grandes obras publicas, nomeadamente para o estrangeiro onde os salários são bem mais elevados;
  • CUSTOS DOS MATERIAIS: algumas das matérias-primas como o Aço, o Ferro e outros produtos de origem metálica viram os seus preços disparar (em alguns casos duplicar) nos últimos meses, dada a sua escassez nos mercados internacionais;
  • Para além dos elevados custos dos LICENCIAMENTOS, da INSTABILIDADE FISCAL e das novas DIRETIVAS ENERGÉTICAS.

O comércio mundial está a sofrer uma crise de abastecimento:

  • Os fretes de transporte de contentores de 12 metros entre a Ásia e a Europa aumentaram 357% entre marco de 2020 e novembro de 2021 (passaram de 1.750 € para os 8.000 €).
  • Em outubro ’21 a OPEL decidiu fechar uma grande fabrica por tempo indeterminado por falta de chips eletrónicos para os painéis de navegação, porque não há contentores a trazê-los da China e da Coreia do Sul.
  • A crise de distribuição global explica-se essencialmente pelo congestionamento dos principais portos (Hamburgo, Roterdão, …).

A Robótica e a Inteligência Artificial estão a transformar o dia-a-dia das empresas:

  • Com a 4ª revolução industrial em curso, um crescente nº de tarefas começam a ser desempenhadas por sistemas automatizados em fábricas, laboratórios, escritórios, … e o seu impacto no mercado de trabalho está iminente.
  • O crescimento da automação vai implicar a extinção de um vasto nº de empregos e a pandemia veio acelerar esta tendência, levando muitas empresas de renome a acelerar projetos de digitalização e automação de processos de trabalho.
  • Estima-se que, dentro de 3 anos, o tempo de trabalho realizado por máquinas será praticamente igual ao despendido por humanos. Robots e algoritmos irão ocupar-se dos trabalhos manuais repetitivos, das linhas de montagem, tarefas administrativas e de tudo o que tenha a ver com o processamento da informação e dados.
  • O setor dos transportes está à beira de uma revolução com a chegada dos carros autónomos, que dentro de poucos anos começarão a circular em larga escala. A tecnologia já é usada em alguns circuitos fechados (shuttles em aeroportos, …).  
  • As profissões de maior risco estão associadas a níveis de escolaridade mais baixos. As mais protegidas são as relacionadas com a criatividade, relações interpessoais, …
  • Mais do que a substituição de humanos por máquinas, haverá uma cada vez maior convivência entre ambos. Em muitos casos, as tarefas passarão a ser executadas por sistemas robotizados e aos humanos caberá a supervisão da sua qualidade, o que levará a um forte aumento da produtividade.
  • Ao longo do tempo, à medida que a automação se instalou, uma grande parte do trabalho deixou de ser feito pelos humanos. Por exemplo, em 1960 a gigante de telecomunicações AT&T valia a preços de hoje 267.000 milhões de USD e empregava 800.000 trabalhadores. Em contrapartida, a GOOGLE, a gigante da atualidade, vale 370.000 milhões de USD e emprega 55.000 trabalhadores. Tem muito menos trabalhadores e gera muito mais riqueza. Fenómenos idênticos estão a acontecer em todos os negócios porque a expansão tecnológica canibaliza os postos de trabalho.  

Fatures de Êxito das Startups:

  1. Proposta de valor, vantagem competitiva e modelo de negócio;
  2. Mercado e suas necessidades;
  3. Equipa empreendedora;
  4. Timing;
  5. Financiamento e partnerships;
  6. Crescimento, escalabilidade e expansão.

85% do Êxito profissional deve-se à aquisição precoce de SOFT SKILLS:

  • A Criatividade, Persuasão, Colaboração, Resiliência, Pensamento Crítico e a Gestão do Tempo, são algumas das Soft Skills mais procuradas nos dias de hoje.
  • 60% dos Dirigentes consideram que as competências interpessoais são mais importantes que as competências técnicas no desenvolvimento profissional.  

A campanha de Black Friday no dia 26/11 menos negra e mais premium:

  • Este ano haverá uma campanha de Black Friday mais tensa, dadas as incertezas derivadas da crise das cadeias de abastecimentos (o colapso no transporte, a subida de diversos custos, …).
  • A maioria dos comerciantes de produtos de tecnologia, eletrónica de consumo, vestuário e calçado planeia fazer descontos como todos os anos, ainda que mais moderados.  Algumas empresas planeiam oferecer um surtido de produtos de maior valor acrescentado, sobretudo em termos tecnológicos.
  • É provável que dada a situação que estamos a viver de falta de abastecimentos a nível global, as marcas apostem por destacar as gamas mais inovadoras e de maior valor acrescentado.
  • A associação das empresas de logística de Espanha prevê que nesta campanha haverá uma subida dos preços, dado que diversos custos subiram (transporte, matérias-primas e de fabrico). As margens serão ajustadas, dado que este ano as pessoas estarão mais sensíveis ao preço.

O Nº de trabalhadores inscritos na Organização Internacional do Trabalho ronda os 3.300 milhões e não parou de crescer nas últimas décadas, tendo incrementado 400 milhões desde 2007.

Por enquanto as sucessivas ondas tecnológicas não geraram destruição de emprego. Contudo, nunca a tecnologia demonstrou uma capacidade como a atual de substituir as pessoas para produzir, organizar e inclusive decidir nos campos em que a participação humana é crítica, como fabricar uma peça ou conduzir um camião, escrever um livro ou tratar de um doente.

A Globalização e a Digitalização foram os dois grandes motores de mudança no mercado de emprego entre os séculos XX e XXI. Mas na realidade, a situação mais alarmante destacada pelos especialistas é a de que há apenas 1.5 anos, quando se registou o grande impacto da crise de covid, 38% da população ativa mundial estava empregada nos setores do comércio, hotelaria ou em atividades de manufatura, cuja atividade estancou.     

A relevância do impacto da pandemia sobre o mundo laboral vai muito para além do shock imediato. Há a convicção de que a reação dos governos, empresas e trabalhadores para defrontar a crise, que acelerou em vários anos algumas tendências do mercado de trabalho. A maior parte destas tendências têm as alterações climáticas e a tecnologia como elementos comuns, e situam-se no que se denomina por 4ª revolução industrial.

Teletrabalho, plataformas de disrupção, inteligência artificial, biotecnologia, impressão 3D, algoritmos, robots, serviços remotos, … começam a ganhar grande relevância.

Paradoxalmente, o recurso intensivo às novas ferramentas de trabalho, que foram tidas até 2020 como uma das maiores ameaças sobre milhões de empregos, foram críticas para salvar muitíssimos mais.

Se a tecnologia permitiu demonstrar que as conexões digitais podem ser tão eficientes à hora de resolver os problemas do dia-a-dia, que sentido têm os gastos de tempo e mobilidade para as pessoas se encontrarem pessoalmente? Não é que as aplicações de reuniões virtuais que desintermedeiam as de transporte de pessoas expliquem tudo, mas nos últimos meses as companhias aéreas despediram cerca de 100.000 pessoas em todo o mundo.

Nos próximos tempos muitas profissões irão desaparecer, outras irão ser criadas e todas sofrerão mudanças, em consequência da 4ª revolução industrial em curso.

As pessoas estão preocupadas porque há empregos que estão a desaparecer, como sucede com o comércio de proximidade, outros se transformam porque são empregos sem procura, enquanto a clara maioria irá sofrer alterações. E aprecem novas profissões como empregos em plataformas online, cuja atividade se multiplicou por 5 nos últimos 10 anos.

Hoje uma pessoa com maior ou menor experiência em cibersegurança tem praticamente garantida a sua ocupação com um salário elevado.

Desde 1980 que há uma diminuição nalguns segmentos do mercado laboral, não nos trabalhadores menos qualificados, mas naqueles que se situam nos patamares intermédios, ocupando funções de rutina.

Há profissões com alta qualificação como Técnicos ou Dirigentes que escapam. No outro extremo, tarefas sem esse nível de qualificação que não se veem afetadas porque têm que ser levadas a cabo por humanos, por exemplo, relativas ao cuidado de pessoas.

A disrupção centra-se no nível médio. Não são só os operários que são substituídos, mas também os administrativos, gestores comerciais, empregados da banca que as entidades já não consideram necessários uma vez que os seus clientes já fazem a maioria das suas operações através de aplicações moveis.

Entre 1995 e 2015 o emprego nos países da OCDE aumentou de maneira mais notável entre os trabalhadores mais qualificados e, em menor escala, nos de baixa qualificação. As atividades que requerem um nível medio de formação reduziram-se bastante.

Para escapar ao algoritmo há que evitar fazer tarefas de rutina. A aquisição periódica de novas competências é cada vez mais critica nos dias de hoje para se manter a empregabilidade.

Mais de 90% das empresas manifestam que não encontram candidatos em nº suficiente com bons conhecimentos de Big Data, Inteligência Artificial e Marketing Digital. A lacuna de conhecimentos tecnológicos que detêm as empresas é elevada e irá piorar se não se tomam iniciativas, segundo um estudo sobre as competências profissionais do futuro.

Em 2022 as empresas espanholas irão investir maioritariamente em Big Data, Internet das Coisas, soluções aplicacionais e web, machine learning, cloud computing, comércio digital, realidade aumentada e virtual, eletrónica portátil, blockchain, impressão 3D … e faltam-lhes talento para executar todos esses novos projetos. Espanha, um país que está no topo da taxa de desemprego jovem, está sendo incapaz de preparar as novas gerações para os empregos do futuro.

Há quantos anos ouvimos que a Formação Profissional Dual é a salvação profissional dos jovens? Existem grandes deficiências nas políticas ativas de emprego.

O World Economic Forum estima que em 2025, 50% dos trabalhadores irão precisar de reciclar-se: 85 milhões dos atuais empregos irão desaparecer e serão criados 97 milhões de outros.

Presentemente estão-se evidenciando grandes diferenças a nível setorial e por países: empregos relacionados com as tecnologias e a digitalização, consultoria, comunicação, trabalho criativo, ciência e investigação são os mais propensos ao trabalho remoto. Por outro lado, o trabalho presencial seguirá sendo maioritário em empregos fabris, na saúde e assistência social, distribuição, ócio e turismo. 64% dos trabalhadores querem trabalho flexível.

A Holanda, Reino Unido e Luxemburgo lideram o trabalho à distância.

Presentemente, os governantes da maioria dos países desenvolvidos estão preocupados com os problemas do ambiente, das alterações climáticas e com a transição ecológica e digital.

Continuamos a formar jovens qualificados que enfrentam os mesmos salários baixos que a “geração à rasca” ainda continua a auferir:

  • A “geração mileurista” eternizou-se e foi condenada a perpetuar a incapacidade de ganhar o suficiente para sair de casa dos pais, ter a sua habitação, filhos ou ambições.
  • Dez anos depois não conseguimos mudar esta realidade – fabricamos fornadas de licenciados sem perceber a necessidade de adequar a educação ao mercado de trabalho.
  • A aposta no ensino técnico-profissional é vista como algo menor e chegou-se ao cúmulo de se preferir ser um Licenciado pobre a um Soldador rico.   

Jorge M. Fonseca

GEORGE Career Change & Executive Advisors

Address: Rua Alfredo Mesquita, 3 – 1ºA   1600-922 Lisbon, Portugal

Mobile/ WhatsApp: (+351) 961 355 424

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