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Portugueses na Austrália e Nova Zelândia mais próximos de Portugal afirma governo

Os cerca de 57 mil portugueses residentes na Austrália e Nova Zelândia estão agora administrativa, linguística e culturalmente mais próximos de Portugal, sobretudo devido ao desenvolvimento do movimento associativo, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte governamental.

Contactado telefonicamente pela Lusa desde Lisboa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, disse desde Perth (Austrália), onde terminou uma visita de dez dias àqueles dois países, que a assinatura de vários protocolos com instituições locais, e a preparação de outros, vão ajudar a vários níveis.

Segundo José Luís Carneiro, a aproximação está a ser feita através de apoios financeiros garantidos por Portugal e pelas autoridades federais e governamentais australianas e neo-zelandesas ao crescente movimento associativo, que abrem portas à promoção da língua e cultura portuguesas.

Por outro lado, além da embaixada de Portugal em Camberra, estão em curso as permanências consulares no “país continente”, sublinhou, acrescentando que, desde hoje e até sexta-feira, está uma em Perth (extremo oeste da Austrália), onde reside grande parte da comunidade portuguesa, que poderá obter assistência consular, estando previstas para julho mais atividades nesse sentido.

“Foi uma viagem muito positiva e enriquecedora, em que foram atingidos todos os objetivos. Houve um reforço e uma qualificação da resposta institucional aos portugueses que se encontram na Austrália e que se estimam em cerca de 55.000, quer da parte das autoridades de Innerworth Council, em Sidney, e de Melbourne, quer nossa”, sublinhou o governante português.

No mesmo sentido, foram deixados alinhavados dois outros protocolos idênticos com outros tantos municípios de Perth, a assinar em breve, acrescentou, indicando que, na Nova Zelândia, onde vivem entre 1.500 e 2.000 portugueses, foi rubricado um acordo de mobilidade para jovens dos dois países entre os 18 e 30 anos.

“Nos dois países promovemos também o apoio ao surgimento de várias entidades associativas que nasceram depois da primeira visita que aqui fiz, em julho de 2017, e que visam apoiar a igualdade de género, a promoção da língua portuguesa, quer através de professores quer de programas de sensibilização para os pais dos alunos, e ainda um projeto de trabalho em rede entre jovens e investigadores portugueses na Austrália e na Nova Zelândia”, referiu.

Segundo José Luís Carneiro, foi também assinado um acordo com a Comissão de Assistência Italiana, uma entidade de cariz social, tendo em vista apoiar, no domicílio, portugueses que se encontrem mais isolados e com maior precariedade de recursos económicos e sociais.

“As autoridades [australianas e neo-zelandesas] estão totalmente disponíveis para apoiarem financeiramente as instituições portuguesas e com elas dialogar para construir projetos de intervenção comunitária”, garantiu o governante português, que parte ainda hoje de Perth de regresso a Lisboa.

Por outro lado, salientou José Luís Carneiro, o Museu das Migrações de Melbourne disponibilizou-se para organizar conferências e a promoção do teatro e cinema portugueses e criar um pequeno espaço para que possa ser exposta a herança cultural dos portugueses na Austrália, cuja integração tem sido “bem-sucedida e reconhecida”.

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