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Portugal empata a zero em Bruxelas

A seleção portuguesa de futebol registou sábado mais um empate, em Bruxelas, no penúltimo jogo de preparação para o Mundial da Rússia, mas agora frente a outro ‘grande’ europeu e sem sofrer golos, algo que ainda não acontecera este ano.

Depois de ter criticado o desempenho defensivo da equipa no jogo anterior, na passada segunda-feira, em Braga, frente à Tunísia (2-2), o selecionador nacional, Fernando Santos, viu Portugal acabar pela primeira vez um jogo em 2018 sem sofrer golos, frente a uma equipa poderosa na frente – com jogadores como Hazard, De Bruyne e Lukaku –, e sem o seu o habitual guarda-redes na baliza.

Um dia após ter rescindido unilateralmente com o Sporting, alegando justa causa, Rui Patrício, o ‘dono’ da baliza de Portugal – e eleito melhor guarda-redes do Euro2016 -, ficou sentado no banco de suplentes (surgindo já na ficha oficial do jogo como não tendo clube), e entre os postes atuou Beto (agora nos turcos do Göztep), que acabou por garantir o ‘nulo’, com um par de intervenções difíceis na segunda parte.

Ainda sem a sua maior figura, Cristiano Ronaldo, Portugal enfrentava o seu ‘teste’ mais duro antes do Mundial da Rússia, numa partida que opunha os terceiro e quarto classificados do ‘ranking’ mundial, mas belgas e portugueses não estiveram à altura das expectativas, oferecendo um espetáculo pouco empolgante aos cerca de 45 mil adeptos que encheram o Rei Balduíno. O empate foi mal recebido pelos belgas: a seleção foi criticada nos meios de comunicação por ter obtido “um resultado dececionante”.

Os belgas entraram melhor na partida, empurraram Portugal para trás e causaram alguns calafrios com constantes centros para a área, à procura sobretudo da cabeça de Lukaku, mas Pepe e José Fonte iam resolvendo.

Com Fernando Santos visivelmente agastado com o desempenho da equipa no primeiro quarto de hora, a seleção assentou o seu jogo, equilibrou a partida e começou a chegar mais vezes à área contrária, dando pela primeira vez trabalho ao guarda-redes Courtois aos 24 minutos, num remate de João Moutinho.

Aos 31 minutos o estádio Rei Balduíno, completamente cheio, chegou a gritar golo da Bélgica, mas tratou-se somente de ilusão de ótica, pois o remate de Carrasco após boa iniciativa individual bateu nas malhas da baliza, mas nas laterais.

Até ao intervalo, foi Portugal que ameaçou por diversas vezes o golo, que esteve muito perto de acontecer aos 41 minutos, num remate de pé esquerdo de Bernardo Silva – um dos três campeões de Inglaterra em campo, a par dos seus companheiros belgas do Manchester City, Kompany e De Bruyne -, após a melhor jogada coletiva da seleção no primeiro período.

Aos 44 minutos foi Gelson a isolar-se pela esquerda e a rematar ao segundo poste, mas ao lado, e já sobre o apito para o intervalo Gonçalo Guedes também esteve perto de visar com sucesso a baliza de Courtois.

Na segunda parte, a Bélgica – com quatro alterações ao intervalo – voltou a entrar melhor e teve nos primeiros dez minutos as suas melhores oportunidades, tendo valido à seleção portuguesa duas grandes intervenções de Beto, a remates de Vertonghen (55 minutos) e Meunier (65).

O segundo período foi francamente pobre, também por ‘culpa’ das muitas substituições efetuadas, que, no caso de Portugal, não acrescentaram nada à equipa, permitindo a Courtois uma segunda parte tranquila.

E foram várias as alterações operadas ao longo da segunda parte por Fernando Santos, que começou por tirar Gelson Martins para colocar Ricardo Quaresma (63 minutos) – mas hoje nenhum dos dois extremos estava em noite inspirada – seguindo-se João Mário por Manuel Fernandes, Bernardo Silva por André Silva, João Moutinho por Bruno Fernandes e Gonçalo Guedes por Mário Rui.

O selecionador só não mexeu mesmo na defesa, com a qual terá ficado agradado, quando já falta pouco para a entrada em ação na fase final do Mundial, frente a Espanha, em 15 de junho. Antes, ainda haverá lugar a um derradeiro ensaio, na quinta-feira, diante da Argélia, no Estádio da Luz, em Lisboa, e aí já se pedirá é mais acerto no ataque do que aquele a que hoje se assistiu em Bruxelas.

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