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Partido Trabalhista britânico tem novo líder

Keir Starmer é o novo líder do Partido Trabalhista britânico, o partido europeu com mais militantes, quase 800 mil. Dos 490.731 que exerceram o seu direito, 275.780 optaram por Starmer (56,2%). Maior partido da oposição, os trabalhistas são uma força inegável na vida política do Reino Unido e um farol para outros partidos socialistas.

Atrás de Starmer ficaram duas concorrentes: Rebecca Long-Bailey, considerada a preferida do líder demissionário Jeremy Corbyn (27,6%) e Lisa Nandy (16,2%). Todos os candidatos são, como é da praxe no Reino Unido, deputados na Câmara dos Comuns.

Starmer vai ocupar o cargo mais importante da oposição. Será em seu redor que poderá coalescer toda a frustração de quem saia da atual crise sem emprego ou forma de pagar a casa, isto é, dos que estejam zangados com o primeiro-ministro conservador, Boris Johnson. No entanto, é um lugar assombrado por quatro derrotas em quatro eleições legislativas consecutivas (2010, 2015, 2017 e 2019), à frente de um partido que atravessou, com o agora ex-líder Jeremy Corbyn, os mares mais tumultuosos da sua história.
Celebrações só na Internet

Anunciada a vitória, os candidatos tiveram de colocar vídeos de agradecimento a circular nas redes sociais, já que a conferência prevista para que o vencedor pudesse traçar as linhas de ação foi cancelada por causa do surto de coronavírus. É tudo bastante hermético, precisamente a característica que o Partido Trabalhista não pode ter se quiser agregar as simpatias que perdeu em debandada nas eleições de 12 dezembro de 2019.

“É a honra da minha vida liderar o Partido Trabalhista. Vou conduzir este grande partido a uma nova era, com confiança e esperança, para que, chegada a hora, possamos servir de novo este país, no Governo”, disse Starmer num vídeo que publicou na rede social Twitter esta manhã.

Dizer que a herança política do novo líder é pesada é dizer pouco, mas Starmer não parece ter medo de pegar num partido que teve, há três meses e meio, o seu pior dia eleitoral desde 1935: perdeu 42 deputados de uma vez e 20% dos votos que obtivera nas legislativas de 2017. Há 15 anos que não ganha a nível nacional. O ‘Labour’ vive uma crise de identidade e é Keir Starmer, talvez com os dotes de persuasão dos mais brilhantes advogados, que vai ter resolver o nó psicológico em que se encontram milhares de militantes e dirigentes locais.

 

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