Não é a primeira vez – e não será a última – que abordo a situação desesperante dos idosos; mas creio, infelizmente, que ninguém se preocupa com a velhice e seus problemas.
Se falta alojamento a preços módicos para estudantes o que se faz? Transformam-se quartéis em lares e os conventos vazios levam o mesmo destino…
Mas, o que faz a sociedade e o Estado aos idosos?
O mesmo que fez o filho da velha e tradicional história: “Filho és Pai Serás”.
Todos conhecem que a pobreza não diminuiu; caso contrário não haveria tantos a pedirem na via pública, à porta dos templos, e a dormirem em vãos de estabelecimentos… Nem peditórios para associações e fundações e recolha de alimentos à porta dos supermercados.
Pensa-se aumentar pensões? Pensa-se fornecer à Classe Média recursos para quando a velhice lhes bater à porta, permita recolher-se a lares decentes a preços compatíveis às reformas?
Pensa-se adaptar casas e quartéis, a lares para idosos, da Classe Média? Não; ou penso que não. Só se pensa na pobreza infantil – como se a pobreza fosse das crianças e não dos pais.
Pensa-se também legalizar drogas leves e eutanásia – para libertar camas hospitalares?
Que sociedade cristã e humanista é esta que deixa os pais e avós abandonados com suas mazelas e dificuldades?
Ao abordar o assunto não o faço por mim ou pela minha família. Felizmente tenho, por agora, o bastante para meu conforto, mas por milhares de idosos, que não têm voz, nem quem os defenda.
É triste que se pense na imigração – porque a população está envelhecida, – e não se cuide dos nossos maiores, que não têm culpa de viverem tanto… devido ao progresso da Medicina.
Para quando o aumento das pensões, da Classe Média? Para quando será a inauguração, nas principais cidades, de Casas de Repouso para os nossos idosos, com dignidade e direito à privacidade, a preços acessíveis?
Ou espera-se que esta geração – sacrificada por uma guerra – desapareça?!