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Os portugueses que ensinaram os alemães a comer sopa

A ideia começou há quatro anos “como uma brincadeira”, contou José Esteves, um dos organizadores deste festival de sopa, e um dos três proprietários (na foto abaixo) do restaurante “Frango português”, na cidade de Düsseldorf.

“Tinha ido à minha freguesia em Portugal, a Sabariz (no concelho de Vila Verde) fazer uma sopa. Foram eles que começaram com a iniciativa do ‘Caldo no Pote’ em 2012, reavivaram esta tradição portuguesa há muito esquecida: fazer sopas em potes de ferro, como antigamente”, explicou José Esteves.

Decidiu experimentar uma “edição mais pequena” na Alemanha. “Em Sabariz são 23 sopas diferentes, nós decidimos fazer com dez, para poder mostrar um pouco desta tradição aos alemães”, afirmou Esteves.

“Os alemães gostaram e começaram a pedir mais. Nós só tínhamos pensado fazer uma vez, entretanto já vamos para a quarta edição”, disse o português, a viver na Alemanha há 26 anos. Em cada ano, vêm dez pessoas de Portugal para ajudar a confecionar as sopas. “No ano passado fizemos isto em outubro, estavam 26 graus. Os alemães não gostam de comer a sopa quente com calor. Também já fizemos em dezembro, mas estavam 10 graus negativos e era demasiado frio. Então este ano optámos pelo mês de novembro”, referiu José Esteves.

O caldo do pote foi este domingo e terá juntado mais uma vez centenas de pessoas que partilharam a sopa à moda do Minho.

Do meio-dia às seis da tarde, um bilhete de 12 euros deu direito a uma malga, uma colher, broa de milho feita em forno de lenha, uma bebida e dez variedades de sopa.

“Uma vez tive um alemão que comeu vinte tigelas de sopa”, contou José Esteves, entre risos, referindo que “as pessoas podem comer a quantidade de sopa que quiserem”.

O organizador explicou que na Alemanha “não há o hábito de comer sopa”, acrescentando que “muitos dizem que foram os portugueses que ensinaram os alemães a comer sopa”.

 

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