Ontem quando sonhava e viajava pelo espaço
Encontrei na Nebulosa uma mulher luminosa
Brilhava muito e cheirava muito a bagaço
Era transparente, esbelta e vaporosa.
Era parecida às estrelas do firmamento
Iluminou-se tanto e com grande pujança
Que gerou em mim bastante sofrimento
E reve-la novamente tenho pouca esperança.
Talvez agora ela viva numa outra galáxia
Talvez se muda-se por sua conveniência
Ou quem sabe para longe para outro planeta
Agora que farei? Cumpro uma penitência.
Mas quem sabe se éramos incompatíveis
Eu sou de carne, e ela é uma estrela
Nossos amores são quase impossíveis
Quem me ajuda agora? E como poderei tê-la?
José Valgode