De que está à procura ?

Comunidades

Moçambique disposto a cooperar na investigação ao rapto de português

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique está aberta para cooperar com Portugal para o esclarecimento do caso do empresário português Américo Sebastião, raptado em 2016 no centro de Moçambique, disse à Lusa fonte oficial.

“Há abertura sim para a cooperação, mas nunca houve um pedido formal para o efeito. Pelo menos na PGR. No entanto, estamos abertos a cooperar, dentro das leis e dos acordos que temos com Portugal”, disse a fonte da PGR moçambicana.

Américo Sebastião foi raptado numa estação de abastecimento de combustíveis e continua desaparecido desde a manhã de 29 de julho de 2016, em Nhamapadza, distrito de Maringué, na província de Sofala, no centro de Moçambique.

No início do ano, a Procuradoria-geral de Moçambique mandou avocar o processo, que tinha sido encerrado, no início de 2018, pela Procuradoria Provincial de Sofala, centro de Moçambique, alegadamente por falta de elementos.

No esforço para encontrar Américo Sebastião, a esposa do empresário, Salomé Sebastião, tem estado em contacto com as autoridades moçambicanas, incluindo a procuradora-geral de Moçambique, Beatriz Buchili.

“Da procuradora-geral obtive o compromisso de uma apreciação ao processo de investigação que correu os seus termos na Procuradoria Provincial de Sofala e que foi encerrado sem qualquer conclusão”, disse Salomé Sebastião, durante uma conferência de imprensa na quarta-feira em Maputo.

Além da PGR, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, e o ministro da Defesa do país, Atanásio Mtumuke, manifestaram o seu apoio à família de Américo Sebastião, prometendo imprimir maior celeridade nas investigações, segundo a esposa.

“Estas individualidades e as instituições que dirigem, não só me acarinharam, como me deram um novo alento que torna mais forte a minha convicção de que brevemente terei o Américo de volta ao nosso convívio”, concluiu Salomé Sebastião.

Nunca mais se soube do paradeiro do empresário desde o rapto, perpetrado por homens fardados, que algemaram o empresário e o colocaram dentro de uma das duas viaturas descaracterizadas com que deixaram o posto de abastecimento de combustíveis, segundo testemunhas.

Segundo a família, os raptores usaram os cartões de débito e crédito para levantarem “4.000 euros”, não conseguindo mais porque as contas foram bloqueadas logo que foi constatado o desaparecimento de Américo Sebastião.

Salomé Sebastião já entregou três petições à Assembleia da República moçambicana, além de ter enviado uma carta ao Presidente moçambicano, no quadro dos esforços par encontrar o empresário português.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA