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Metade dos profissionais equacionam mudar de emprego em 2023

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Cerca de 50% dos profissionais espanhóis e portugueses estão a considerar mudar de emprego até ao final de 2023 – o aumento salarial é a principal razão, seguido de perto pela procura de melhorias no equilíbrio do trabalho vs vida pessoal, oportunidades de desenvolvimento profissional e pelo comportamento ético das chefias.

Ficar na mesma empresa muitos anos já não é uma prioridade e tornar-se-á cada vez menos comum ver pessoas que fazem toda a sua carreira numa mesma empresa.

Na era atual, cada profissional irá passar em média por 12 a 13 postos diferentes ao longo da sua vida ativa. Observa-se uma mudança drástica do paradigma, que está a acontecer a uma velocidade acelerada. 

Presentemente, cada vez mais pessoas sentem o desejo e a confiança de deixar a sua posição atual e procurar novos desafios. Estamos a viver um momento em que o profissional é o verdadeiro protagonista das suas decisões, sabe o que quer e procura-o ativamente, com o sem a ajuda de terceiros.

Uma das razões para esta tendência é que as novas gerações têm outras prioridades para além da segurança de um emprego estável ou um bom package salarial. Adicionalmente, existem hoje novas possibilidades tecnológicas – nomeadamente as que têm a ver com o teletrabalho – que permitem considerar outros cenários que não os tradicionais.

Um estudo recente evidencia que uma melhor remuneração continua a ser a principal motivação para mudar de emprego, mas apenas para 34% dos inquiridos. 31% procuram um melhor equilíbrio trabalho-vida pessoal, 25% mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento e 15% uma posição que tenha impacto positivo na sociedade.

O aspeto ético e a forma como as empresas se comportam em relação aos empregados, clientes e ao ambiente em geral, está a tornar-se cada vez mais importante.

Nos países ibéricos não teve expressão o fenómeno da “grande demissão”, como aconteceu nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde um expressivo número de trabalhadores deixou os seus empregos e resolveu mudar de vida.

Para além da mudança nas prioridades das pessoas, há outra circunstância que está a mudar o mercado de trabalho: o surgimento de novas especialidades profissionais que requerem novos conhecimentos, que as universidades tardam em dar resposta, pelo que existe um fosso entre a oferta e a procura. Observa-se esse fenómeno, por exemplo, no campo da análise de dados e da inteligência artificial.

As empresas de hoje precisam de pessoas que consigam adaptar-se facilmente às crescentes mudanças do mercado laboral e que sejam capazes de se reinventar constantemente.

Jorge M. Fonseca

Partner GEORGE Executive Advisors

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