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Maestro defende que música fortalece relações Portugal-China

A música pode contribuir para o fortalecimento das relações entre Portugal e China, defende o maestro português Pedro Neves, que dirige no dia 24, em Coimbra, um concerto da Orquestra Sinfónica Jovem de Macau, no âmbito do Festival das Artes.

“Há aqui uma língua comum, que é a música”, disse hoje Pedro Neves à agência Lusa, frisando que a aposta recíproca na cultura, promovendo o intercâmbio, designadamente na área da música, “é uma das melhores formas” de aproximar os dois países.

Ele parte no domingo para Macau, cuja administração foi assumida pela República Popular da China, em 1999, após mais de 400 anos de domínio de Portugal, para orientar os ensaios da Macao Youth Symphony Orchestra, que atua cinco dias depois na capital chinesa, antes de viajar para Portugal, onde fará três concertos, em Lisboa, Coimbra e Marvão, nos dias 21, 24 e 27, respetivamente.

Esta digressão da Orquestra Sinfónica Jovem de Macau coincide com as comemorações do Ano de Portugal na China, a decorrer em simultâneo com o Ano da China em Portugal, para assinalar os 40 anos do restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois Estados e os 20 anos da transferência da administração de Macau para a China.

O navegador português Jorge Álvares foi o primeiro europeu a chegar por mar à China, em 1513, tendo morrido no Império do Meio, em 1521.

Através da música, “podem-se solidificar muito esses laços entre povos que estão historicamente ligados”, salientou Pedro Neves, que em junho esteve durante uma semana na Região Administrativa Especial de Macau, para fazer avançar os preparativos da orquestra local, constituída por 70 jovens macaenses com idades que rondam os 20 anos, para os concertos em Pequim, dia 19, e Portugal.

“Os músicos estão muito entusiasmados”, adiantou, ao revelar que as atuações duram cerca de 75 minutos, com um reportório que inclui peças de compositores chineses, do russo Igor Stravinski e dos portugueses António Fragoso e Joly Braga Santos.

Pedro Neves nunca visitou Pequim e esteve em Macau, pela primeira vez, há cerca de 20 anos, então quando tocava violoncelo na Orquestra Metropolitana de Lisboa, que na época atuou no território.

“Portugal continua a ter alguma ligação” com a antiga colónia do Extremo Oriente, a qual, na sua opinião, deve ser reforçada, cabendo à música parte desse papel na aproximação entre povos de diferentes civilizações.

Os três espetáculos da Orquestra Sinfónica Jovem de Macau em Portugal realizam-se no âmbito do Festival ao Largo (Lisboa, 21), Festival das Artes (Coimbra, 24) e Festival Internacional de Música (Marvão, 27).

 

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