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Ilha portuguesa em projeto piloto de energias renováveis

 A Ilha da Culatra, em Faro, vai ser uma das ilhas europeias com uma comunidade piloto em energias renováveis ao abrigo de um projeto coordenado pela Universidade do Algarve e selecionado pela Comissão Europeia, anunciou a academia algarvia.

O projeto “Culatra 2030 – Comunidade Energética Sustentável”, realizado em parceria com a associação de moradores da ilha, é um dos selecionados pelo Secretariado Europeu para a Energia Limpa nas Ilhas, que vai apoiar um total de 26 ilhas no processo de transição para serem mais autossuficientes e sustentáveis.

Numa primeira fase, até ao verão de 2019, a Ilha da Culatra e outras cinco, na Irlanda, Croácia, Espanha, Itália e Grécia, devem desenvolver e apresentar as suas agendas de transição energética, lê-se numa notícia publicada no sítio de Internet do secretariado.

As outras 20 ilhas europeias selecionadas, entre as quais uma no arquipélago dos Açores, ainda não especificada, deverão fazê-lo depois, até ao verão de 2020.

Em comunicado, a Universidade do Algarve (UAlg) refere que a criação de uma agenda de transição energética nesta ilha da Ria Formosa “posicionará a região como centro de excelência em investigação e formação em energias renováveis”, sendo debatidas, durante o processo, soluções técnicas entre população, investigadores e tecido empresarial.

“Deste debate com os moradores resultará o dimensionamento de uma planta de geração e armazenamento de energia produzida a partir de fontes de energias renováveis, com a utilização de excedentes para a potencial dessalinização de água e tratamento de resíduos”, lê-se na nota.

André Pacheco, investigador da UAlg e membro da equipa do projeto, refere que o desafio “é que todas as estruturas da ilha possam ser energeticamente eficientes e ter consumos mínimos de energia”, o que significa que “a comunidade deverá produzir energia por fontes exclusivamente renováveis”.

Por outro lado, deverá ser privilegiada a mobilidade elétrica e a prática de modos de vida sustentáveis, ou seja, “a comunidade deverá gerir o seu sistema energético, a produção de água para autoconsumo e valorizar os seus resíduos”.

O Acordo de Paris reconhece que as ilhas são particularmente vulneráveis às alterações climáticas e extremamente dependentes dos combustíveis fósseis e das importações de energia.

Cerca de 15 milhões de europeus vivem nas 2.400 ilhas da Europa, muitas das quais são sistemas isolados e pequenos mercados com potencial para serem precursoras na transição para a energia limpa.

A iniciativa da Comissão Europeia “Energias Limpas para as Ilhas Europeias” tem como objetivos promover a autossuficiência energética das ilhas, incentivar a redução da dependência de importação de combustíveis fósseis e oferecer as melhores soluções para promover as energias renováveis nas ilhas.

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