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GNR apela à população para que respeite ordens em caso de evacuação

A Guarda Nacional Republicana (GNR) apelou esta terça-feira à população, sobretudo à do concelho de Monchique, no distrito de Faro, Algarve, para que obedeçam às indicações e orientações das autoridades em caso de evacuação, devido aos incêndios.

A retirada das habitações, nalguns casos de forma coerciva, pelos militares da GNR, tem sido uma das queixas de moradores que tiveram de ser retirados das suas casas, em consequência do incêndio que deflagrou ao início da tarde de sexta-feira em Monchique, e que já provocou 30 feridos, um em estado grave, e que obrigou à retirada de mais de 250 pessoas, residentes nos concelhos de Monchique e de Portimão, onde as chamas já chegaram hoje.

“Em caso de evacuação preventiva, por indicação das autoridades, as pessoas devem cumprir com as instruções dadas e não devem nunca voltar atrás, para uma área já evacuada. Devem manter a calma, auxiliar crianças, idosos ou familiares com limitações de mobilidade e levar os seus animais de companhia. Não devem perder tempo a recolher objetos desnecessários e, se possível, deixar acesas as luzes exteriores da habitação”, apela a GNR, em comunicado hoje divulgado.

Esta força de segurança “alerta e aconselha” a população, em geral, “para a necessidade de cumprir com as indicações e orientações das autoridades, principalmente nos procedimentos a adotar em caso de evacuação” das localidades.

Contactada pela Lusa, fonte da GNR frisou que a prioridade é sempre “a salvaguarda da vida humana”, acrescentando que, mais do que se falar em questões legais, o primordial é mesmo a retirada das pessoas, sempre que haja perigo.

A GNR apela à “compreensão, à colaboração e à ajuda” das populações afetadas, as quais não devem entrar em conflito, mas antes confiar nas autoridades que estão no terreno para ajudar.

Quanto à circulação rodoviária, a GNR pede para que as suas ordens sejam igualmente respeitadas.

“Importa respeitar e seguir as instruções da GNR e nunca adotar comportamentos de risco, como inverter o sentido de marcha nas autoestradas. As situações de emergência ocorrem inesperadamente, como a aproximação do fogo ou a perda de visibilidade devido ao fumo. Nessas situações, os condutores devem manter a calma, acionar as luzes de perigo e imobilizar os veículos a uma distância segura da fonte de perigo”, refere ainda o comunicado.

De imediato, os condutores devem comunicar com as autoridades através do 112 e deixar a berma livre para que os veículos de emergência possam circular.

Além de estar a combater diretamente os incêndios através do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, o comunicado salienta que esta força de segurança “reforçou o patrulhamento nas zonas mais afetadas pelos incêndios, com a principal preocupação de garantir a segurança das pessoas”.

O incêndio rural deflagrou na sexta-feira em Monchique, no distrito de Faro, e, segundo um balanço feito na segunda-feira pela Proteção Civil, já atingiu uma área entre 15.000 e 20.000 hectares e levou à retirada de 250 pessoas.

Há 29 feridos ligeiros e um grave na sequência deste fogo.

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