O Tondela reconduziu o presidente, Gilberto Coimbra, para mais um mandato no clube da II Liga de futebol, numa Assembleia-Geral em que as contas de 2021, com saldo negativo de quase noventa mil euros, foram aprovadas.
Gilberto Coimbra, perante quase uma centena de sócios, manifestou o seu “desagrado” e “sofrimento” por o Tondela ter descido para a II Liga de futebol, mas apelou a todos “apoio para continuar a lutar” para voltar ao escalão cimeiro.
Perante o desagrado de alguns sócios pela descida, o presidente assumiu que “não adianta nada estar a culpar alguém” e, agora, é necessário tentar “reposicionar o clube na I Liga”.
“[O clube] está extremamente saudável em termos de saúde, quer anímica, quer financeira, porque ao clube nada aconteceu, mas aconteceu tudo”, desde a descida de escalão ao atraso nas obras do centro de estágio, apontou.
Em pouco mais de meia hora, o presidente, que foi reeleito hoje para mais um mandato de dois anos, assumiu que só aceitou o desafio, porque “o compromisso é deixar a presidência do clube quando concretizar o sonho do centro de estágios”.
Gilberto Coimbra, que já tinha avisado que podia deixar um mandato a meio, se o centro de estágios ficasse concluído, aceitou mais dois anos, “porque ainda não está feito e o clube caiu para a II Liga” e disse que não deixa o Tondela “nesta situação”.
Depois de atrasos em licenças e com terrenos contíguos ao centro de estágios, que se localiza na localidade de Nandufe, Gilberto Coimbra disse que “tudo isso já foi ultrapassado”, mas agora há um outro problema relacionado com as águas.
“Ainda não está resolvida a situação, está no bom caminho, o problema do depósito das águas que se vão gastar na academia, quer em regas como em banhos e é muita água, porque são muitos os atletas”, justificou.
Assim, continuou, a “bacia pensada para a receção destas águas é num terreno baldio que a câmara está a tratar para solucionar este problema que agora surgiu com o decorrer das obras”.
Em relação às contas de 2021, o presidente explicou que o saldo foi negativo em 88.876,89 euros negativo, fruto das depreciações. As contas foram aprovadas por unanimidade.
Sobre o caso Khacef, que impediu a SAD do Tondela de ir ao mercado contratar novos jogadores, Gilberto Coimbra sublinhou o lado positivo, por “terem transitado atletas da formação do clube para o escalão profissional” de futebol.