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Forjar a coragem

Das sombras e encruzilhadas traçou um roteiro. Entrou já tarde em mais uma aventura. Visitou cidades desconhecidas, onde não entendia a linguagem dos homens. Forjou a coragem, disse, não cederei ao medo, ao desencanto, e não cedeu.
Inventou uma linguagem de palavras inventadas, arrancadas ao vocabulário da coragem e da força que vem de dentro.
Serrou os dentes, sorriu a quem não a tomou por estranha.
Era assim que sentia, era assim que aprendia. Para escrever, não bastava ficar em casa e estudar a  gramática da vida em compêndio amarelecidos , era preciso serrar os dentes, enfrentar o mundo e os homens, seguir os passos da sua luz, mas sobretudo da sua sombra. Olhar para dentro da sua solidão, e para dentro da solidão dos homens.
Era preciso viver, e roubar ao medo o espanto da aventura.
São Gonçalves
(Fotografia de Dascha Frielova)
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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