De que está à procura ?

Desporto

FC Porto cumpriu e atirou Vitória de Guimarães para a sexta posição

© Lusa

O FC Porto correspondeu ao seu dever na tentativa de revalidar do título da I Liga de futebol, derrotando o Vitória de Guimarães (3-0), mas viu o novo campeão Benfica impossibilitar-lhe um volte-face ‘milagroso’ na derradeira jornada.

No Estádio do Dragão, no Porto, o iraniano Mehdi Taremi (oito minutos), Otávio (32) e o brasileiro Evanilson (39) marcaram para os anfitriões, cujo esforço foi inglório numa tarde triunfal das ‘águias’, que venceram em simultâneo e pelos mesmos números o lanterna-vermelha e já despromovido Santa Clara e arrebataram o 38.º cetro quatro anos depois.

Se os ‘azuis e brancos’ voltaram a falhar o bicampeonato ao fim da sexta temporada na ‘era’ Sérgio Conceição, Taremi sagrou-se pela primeira vez o melhor marcador da prova, com 22 golos, num jogo em que o Vitória de Guimarães competiu desde os dois minutos reduzido a 10 atletas, devido à expulsão com cartão vermelho direto de Tomás Händel.

Uma semana depois de ter certificado a 27.ª presença, e quarta consecutiva, na fase de grupos da Liga dos Campeões, o FC Porto fechou a 89.ª presença na I Liga no segundo lugar, que assumiu em definitivo desde a 18.ª jornada, com 85 pontos, a dois do Benfica, deixando de estar simultaneamente na posse dos quatro principais troféus portugueses.

Na despedida da 78.ª época na elite, o Vitória de Guimarães ‘caiu’ para o sexto posto, de acesso à segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, com 53 pontos, a um do Arouca, que confirmou essa ultrapassagem ao vencer no terreno do Portimonense (2-0).

Em relação ao triunfo caseiro sobre o Gil Vicente (1-0), na ronda anterior, Miguel Maga, Mamadou Tounkara e Dani Silva regressaram às opções iniciais de Moreno, cujo plano ficou seriamente comprometido ao fim de 83 segundos, por expulsão de Tomás Händel.

O médio foi sancionado por falta dura sobre Matheus Uribe, uma das duas novidades no ‘onze’ de Sérgio Conceição face à vitória na deslocação a Vila Nova de Famalicão (4-2), tal como Evanilson, mas os ‘dragões’ provaram sensações mistas pouco tempo depois.

Gonçalo Ramos adiantava o Benfica na Luz ao sétimo minuto, segundos antes de Pepê aproveitar o balanceamento do Vitória de Guimarães num canto a seu favor para galgar metros na esquerda, suplantar Ibrahima Bamba e passar atrasado para o 1-0 de Taremi.

Estas incidências favoreceram um jogo unidirecional para a baliza de Bruno Varela, que afastou um cabeceamento de Evanilson (24 minutos), que já tinha atirado ao lado (10), e um ‘tiro’ em arco de Galeno (26), com Pepê a ver um golo anulado por fora de jogo (12).

Nem as entradas prematuras de Zé Carlos e Tiago Silva estabilizaram os minhotos, que, aos 32 minutos, voltaram a estar desposicionados, permitindo que Galeno arrancasse na esquerda, Evanilson arrastasse os defensores e Otávio ‘faturasse’ descaído pela direita.

Sete minutos mais tarde, o FC Porto susteve uma tentativa de saída apoiada contrária e Evanilson voltou a marcar na prova mais de seis meses depois, com assistência ‘picada’ de Taremi, que chutou à figura de Varela no período de compensação da primeira parte.

Os números expressivos eram, porém, insuficientes perante as notícias oriundas da Luz, onde as ‘águias’ venciam por 2-0 ao intervalo, enquanto o Arouca só desfez o ‘nulo’ no Algarve com dois golos no reatamento para tirar o Vitória de Guimarães do quinto lugar.

A atualização classificativa repercutiu-se no dinamismo da etapa complementar, na qual Taremi contrapôs a crescente resignação dos ‘dragões’ em três investidas (45, 55 e 67 minutos), duas delas sustidas por Varela, com Bamba a dar auxílio no derradeiro lance.

Sérgio Conceição, que completou a segunda melhor volta à frente do FC Porto, com 46 pontos conquistados em 51 possíveis, aproveitou o avanço do cronómetro para ‘poupar’ os influentes Pepe, Galeno, Otávio e Evanilson a oito dias da final da Taça de Portugal com o Sporting de Braga, sem que a equipa de Moreno mostrasse forças para ripostar.

Um golpe aéreo de André Amaro, que apareceu sem oposição na área, aos 88 minutos, representou a única ameaça do Vitória de Guimarães, incapaz de estorvar um recorde de 16 jogos sem sofrer golos numa edição da I Liga do guarda-redes portista Diogo Costa.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA