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Família jiadista luso-francesa capturada na Síria

Longe vai o tempo em que Dylan Omar era tido como um ghazi, um mujahid, um temível guerreiro da Jihad. Sentado na cadeira de rodas, depois de ter sido ferido gravemente em combate, já não representa qualquer perigo para o inimigo. Talvez tenha sido por isso que o jiadista de 25 anos de ascendência portuguesa foi poupado. Com ele encontrava-se a mãe, Catarina Almeida, e os filhos nascidos já depois de o jovem ter trocado Trappes, nos arredores da capital francesa, pelo ‘califado’, em 2014. Foram todos capturados pelas forças curdas do YPG, na Síria, mas não abatidos, ao contrário de tantos outros fundamentalistas islâmicos ocidentais, conta o jornal Expresso.

A família de quatro a cinco elementos oriunda da Guarda está retida há poucos meses num campo destinado a mulheres e filhos de jiadistas situado no norte da Síria, sem a presença da mãe das crianças.

É a avó Catarina, de 46 anos, quem toma conta dos netos, que brincam entre as tendas montadas no deserto. Terá sido o seu companheiro, de nacionalidade turca, quem radicalizou esta mulher e o filho, um veterano da Jihad agora confinado a uma cadeira de rodas. No mesmo local também se encontra outra portuguesa que se tinha alistado há poucos anos no Daesh juntamente com o marido, um franco-tunisino.

Nos territórios dominados pelo Daesh, mas também fora deles, foram contabilizados pelas autoridades entre 27 e 28 mulheres e filhos de jiadistas com sangue português. Ninguém sabe o que fazer com eles se um dia voltarem a casa. “No que se refere às mulheres, não se pode dizer que a reação preferencial passe apenas pela sua desradicalização, podendo antecipar-se a necessidade de submetê-las igualmente a reações penais que passem pelo encarceramento”, afirmou ao Expresso José Luís Ferreira Trindade, procurador do Ministério Público que trabalha no gabinete português da Eurojust em Haia, na Holanda.

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