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Dia de Aniversário

Queridíssima leitora e fantástico leitor, hoje faço anos! Tenho a imensa alegria de completar 47 Verões de muita parvalheira e extrema insensatez que me conduziram ao que sou hoje: um autêntico louco! Também não saberia viver de outra forma. Ainda há uma semana atrás, num jantar que reuniu algumas dezenas de alunos meus, estes me confessavam: “Nunca vimos o professor Daniel mal disposto!”. E note-se que alguns alunos e alunas foram meus discípulos vários anos consecutivos. Mais facilmente sou compreendido e aceite pelos jovens, que adoram quebrar convenções sociais, do que pelos meus pares, que parecem adorar o politicamente correcto e o respeitinho cá do burgo.

Sim, sou um desalinhado do sistema, com muito orgulho! Todos os dias tuito e partilho a minha crítica social, política e religiosa nas redes sociais e também, uma vez por semana, no “Bom Dia Europa”. Agradeço ao “BOM DIA” a oportunidade que me dá de publicar os meus textos de crítica social em formato de sátira. Muito obrigado!

Bem… este texto está a tornar-se sério demais, por isso vamos lá a apalermá-lo um pouco ao meu melhor (ou pior) estilo antes que o leitor desista de o ler e passe para uma página mais interessante. Confesso que não gosto particularmente de fazer anos dado que o fazer anos envelhece. E envelhecer é uma grande chatice! E é chato porque começa a aparecer uma dor aqui, uma dor acolá, e lá vamos nós a caminho do hospital com uma dor e uma vez lá, apanhamos uma série de doenças. Sim, porque um hospital é uma espécie de hotel de doenças: há-as para todos os gostos e feitios: só temos que escolher aquela que se adequa mais ao nosso perfil e, claro, ao gosto pessoal. E quantas mais doenças tivermos, maior é a probabilidade de ficarmos internados no hospital. Isso é fantástico, principalmente de quisermos poupar na conta da luz, do gás e da água de casa. Pronto, já conseguimos apalermar um pouco este texto, certo? Óptimo!

Outro aspecto negativo de fazermos anos é o facto de termos toda a gente, sogra incluída, a cuspir gafanhotos para o bolo de aniversário enquanto nos cantam os parabéns e depois termos que comer a porcaria do bolo com o cuspo dos convidados. Que nojo!

Mas o pior mesmo é aquele receio de macho latino: “Será que o facto de ter mais um ano afectou a minha performance sexual?” Para despistar esta insegurança natural de qualquer homem que se preze, mal terminem de lhe cantar os parabéns, pegue na sua companheira e suba até ao quarto (ou vá até ao jardim, por trás de uns arbustos) e “nic-nic” com força, empenho e muita loucura! Vai ver que o resto do dia do seu aniversário lhe vai correr muito melhor!

Agora vamos às coisas boas: Assim à primeira vista estou-me a lembrar das prendas. Sim! A parte material conta bastante, embora seja politicamente correcto dizer-se não interessa nada e que o conta são os amigos, a saúde e por aí fora. Assim, deixo desde já aqui bem patente que adorava que me oferecessem um Tesla X, modelo ecológico e amigo do ambiente. Um desejo nada fora do normal, portanto. Um Tesla X, leram bem?

Outra coisa boa de fazer anos é que ganhamos mais um ano de experiência em tudo! E quando digo tudo é mesmo tudo! Sei que já estão a pensar em malandrices… Ok, eu também estou a pensar em malandrices… Mas tirando as malandrices, um ano a mais de experiência de vida dá-nos mais lucidez na loucura, ou seja, conseguimos distinguir melhor os caminhos pelos quais queremos ir para atingir a felicidade, assim como ganhamos mais ‘conhecimento´ sobre como fazer uma mulher feliz em todas as suas vertentes, incluindo na vertente da malandrice, pedra basilar para o sucesso de qualquer relação a dois.

Mais coisas boas de fazer anos… deixem-me pensar… ok, já sei: à medida que vamos envelhecendo, vamos ficando melhores contadores de histórias e isso é fantástico. Talvez seja por isso que me esteja a aventurar, neste momento, a escrever o meu primeiro romance, que espero esteja concluído lá para o Natal ou antes. Sempre adorei contar histórias e, acreditem, o passar do anos ajuda-nos nesse nobre propósito!

Faz-se tarde e como hoje é o meu dia de anos por aqui me fico, sendo certo que daqui a uma semana quando nos voltarmos a encontrar nesta mesma coluna, caro leitor, eu já estarei um ano mais velho!

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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