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Destruição e violência regressaram a Paris

Manifestantes do movimento “coletes amarelos” franceses entraram sábado em confronto com a polícia de choque junto ao Arco do Triunfo e nos Campos Elísios, em Paris, no início do seu 18.º fim de semana de manifestações.

Apesar de o número de manifestantes ter diminuído nos últimos fins de semana, os organizadores esperam que os seus mais recentes protestos possam dar nova vida ao movimento que decorre desde há quatro meses contra um presidente visto como favorecedor da classe de elite.

Os manifestantes lançaram bombas de fumo, petardos e outros objetos contra os agentes ao longo da avenida dos Campos Elísios – cenário de repetidos tumultos – e começaram a bater nas janelas de uma carrinha da polícia, enquanto outros ergueram barricadas. Uma agência bancária foi incendiada e o conhecido restaurante Fouquet’s, nos Campos Elísios, foi incendiado.

A polícia de Paris disse à agência AFP que cerca de 230 pessoas foram detidas.

Preparando-se para um potencial aumento do número de manifestantes e de violência, a capital francesa distribuiu este sábado mais polícias do que nos fins de semana anteriores. A polícia fechou várias ruas e espalhou-se pela margem direita do rio Sena.

Grupos de “coletes amarelos” representando professores, desempregados e sindicatos estavam entre os que organizaram hoje dezenas de manifestações e marchas na capital e por toda a França.

As ações marcam o fim de um debate nacional de dois meses que o presidente Emmanuel Macron organizou para responder às preocupações dos manifestantes.

Os manifestantes classificam o debate como vazio e consideram-no uma jogada de campanha de Macron a pensar nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio.

Os “coletes amarelos” protestam contra os altos impostos e contra as políticas de Macron, que consideram estar a proteger as grandes empresas.

No seu apelo ‘online’ para os protestos deste sábado, os organizadores afirmam pretender que o dia sirva como um “ultimato” ao “Governo e aos poderosos”. Nas redes sociais, várias páginas faziam apelos a uma manifestação “que fosse mais do que com palavras”.

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