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Desconvexo

A minha desvirtualidade cinzenta
reduz-se à voz meio pasmacenta
do espelho persistente do meu inferno
impiedoso e ao próprio e plácido inverno
de nuvens monocromáticas e indolores
dos meus labirintos indistintos e incolores.

Ecrãs vítreos como os teus olhos indiferentes
que me olham sem ver, perdidos, indolentes
numa perpétua plenitude sem sentimento
numa eterna ausência de movimento
como um verbo proibido, alado
que tu não consentes a não ser calado.

Títere deste meu paradoxo indisciplinado
náufrago num lenho desatinado
Teseu perturbado de fado difuso
que não professo, alienado do parafuso
me prostro diante de ti, ó Grande Paradigma,
que minha vida é tão somente um irredutível enigma.

JLC2000

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