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Conhece a Fábrica de Conservas Pinhais?

A Fábrica de Conservas Pinhais em Matosinhos foi classificada como Imóvel de Interesse Municipal por ser a mais antiga do concelho ainda em laboração, manter o processo de produção tradicional e privilegiar o peixe fresco, explicou a câmara.

A mais antiga fábrica conserveira ainda em laboração em Matosinhos, no distrito do Porto, que iniciou atividade em 1920, mantém toda a estrutura e muitos dos seus equipamentos originais, incluindo uma caldeira a vapor, equipamento que atualmente se tornou uma peça de grande interesse para a arqueologia industrial, referem documentos que fundamentam esta classificação pela câmara e a que a Lusa teve hoje acesso.

“Além da Caldeira Babcock & Wilcox de 1929, são também de assinalar como equipamentos originais em uso a chaminé em tijolo, o filtro do azeite, a salamandra Doraliva, a cravadeira, o furador vertical, as bancadas em mármore, a balança de báscula, o mobiliário do consultório médico e creche”, sustentam.

Segundo os documentos, o edifício adota o modelo das construções industriais dos finais do século XIX e do início do século XX.

Com uma construção que contém todas as componentes espaciais de uma fábrica de conservas, a Pinhais apresenta uma vasta área de fabrico central, onde se processa o depósito de peixe fresco, de corte de cabeças e de remoção de vísceras, de engrelhamento e de salmoura.

Assim como a cozedura a vapor e a retirada dos fornos, o arrefecimento do peixe, o enlatamento, a lavagem e a esterilização.

Além disso, a fábrica tem ainda um espaço de venda ao público, armazéns de azeite, de produto acabado e semiacabado, de vazio (latas e cartões) e de sal, escritórios, gabinete médico, arquivo histórico, oficina de reparação mecânica, antiga casa do mestre, refeitório, balneários, vestiários e salas de formação.

Mantendo-se em atividade há quase um século no setor das conservas de peixe, a Pinhais foi classificada pela câmara local, no âmbito de a discussão e votação da proposta “Classificação da Fábrica de Conservas Pinhais, em Matosinhos, como Monumento”, que obteve a unanimidade do executivo municipal.

Esta classificação é um “motivo de enorme orgulho”, fazendo ainda mais sentido no ano em que celebra o seu centenário, disse à Lusa fonte da Pinhais.

“O edifício é um dos nossos principais ícones e um dos maiores símbolos de uma das atividades mais relevantes da economia matosinhense. A fachada original é inspirada pelos modelos industriais britânicos e no interior o átrio é adornado por azulejos e por uma escadaria de madeira em espiral que ascende ao escritório onde a estética do passado permanece preservada”, explicou.

A preparar a abertura de um museu vivo da indústria conserveira, a Pinhais sublinhou que com este projeto esperam contribuir para a sustentabilidade e valorização da indústria conserveira de Matosinhos e proporcionar uma experiência “absolutamente inédita” aos visitantes.

 

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