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Braga vence Benfica e quebra ‘jejum’ de 65 anos

© MIGUEL A. LOPES/LUSA

O Sporting de Braga venceu hoje o Benfica, por 1-0, no Estádio da Luz, e quebrou nesta 21.ª jornada da I Liga de futebol, um jejum de vitórias na casa dos ‘encarnados’ que perdurava desde a época 1954/55.

Um golo solitário do médio João Palhinha, aos 45+1, fez a diferença num jogo intenso, mas nem sempre bem jogado, e ditou a segunda derrota consecutiva dos campeões nacionais, que podem agora ver o rival FC Porto reduzir ainda mais a atual diferença de quatro pontos, depois do clássico da ronda anterior, com os ‘dragões’ a visitarem domingo o Vitória de Guimarães. O triunfo ‘bracarense’ marca ainda o ‘pleno’ do técnico Rúben Amorim diante dos ‘grandes’.

Curiosamente, o duelo podia ter seguido um rumo distinto bem cedo, aos 06, quando Rafa roubou a bola a David Carmo, aguentou a pressão de Wallace, mas atirou ao lado já diante do guardião Mattheus. Foi a primeira grande oportunidade do jogo e seria um reflexo do que seria o Benfica na partida: demasiado nervoso e desastrado no momento da definição, como Cervi voltaria a repetir, para que não subsistissem dúvidas, seis minutos depois.

O domínio inicial do Benfica sobre o Sporting de Braga assentava, sobretudo, na capacidade que revelava para bloquear o jogo interior dos ‘arsenalistas’. Rúben Amorim foi fiel ao seu esquema de 3x4x3, apostando, desta feita, em Galeno e Horta para o apoio a Paulinho, deixando Trincão no banco. Com o tempo, os minhotos começaram a soltar-se e equilibraram o desafio, que se tornou essencialmente uma batalha do meio-campo.

Uma sucessão de foras de jogo para os dois conjuntos acabaram por anular os maiores lances de perigo até então, protagonizados por Vinicius e Paulinho, mas o brasileiro viria mesmo a falhar uma ocasião soberana aos 42, na sequência de um cruzamento de Pizzi, ao cabecear por cima quando estava solto e sem marcação no coração da área. Todavia, a resposta do Braga seria agora contundente.

Fransérgio, após um passe de Raul Silva numa confusão na defesa ‘encarnada’, rematou já na pequena área para uma enorme ‘mancha’ de Vlachodimos, que defendeu para canto. Ato contínuo, o golo da vitória, com João Palhinha a antecipar-se a Ferro e a subir mais alto para finalizar de cabeça diante do guarda-redes grego no primeiro minuto dos ‘descontos’ da primeira parte.

E assim o Benfica seguia para o intervalo a perder pela segunda semana seguida, para, mais uma vez, não conseguir recuperar. Quanto ao Braga, era apenas mais uma demonstração de personalidade e astúcia da equipa ‘arsenalista’ sob o comando de Rúben Amorim, que chegava à Luz com sete triunfos – incluindo FC Porto e Sporting – e um empate em oito jogos.

No segundo tempo, o Benfica foi novamente lesto a mostrar a sua ineficácia nesta noite, com Vinicius a rematar ao poste aos 49 e Grimaldo a não ter capacidade para fazer a recarga. Perante o esperado assédio do Benfica à sua baliza, os minhotos refrescaram o ataque com vista às transições rápidas e Trincão saltou do banco para espalhar o perigo durante o segundo tempo na defesa das ‘águias’.

Já Bruno Lage mexeu depois, com a entrada de Seferovic para o lugar de Cervi. Seguir-se-iam ainda Chiquinho e Dyego Sousa, mas a cada alteração o Benfica tornou-se uma equipa mais desconexa, desorientada e inofensiva. O lance de maior perigo resultou somente de uma jogada individual de Pizzi – hoje muito apagado -, que rematou aos 68 para uma grande defesa de Mattheus para canto.

Com efeito, o Sporting de Braga pareceu até em diversas fases mais perto de marcar o segundo, como Paulinho e Ricardo Horta estiveram perto de fazer, mas Vlachodimos foi conseguindo evitar o pior. Só não conseguiria evitar mesmo a derrota do Benfica nesta jornada, enquanto o Sporting de Braga – que mostrou sempre maior confiança e maturidade no relvado – sobe ao terceiro lugar do pódio, com 37 pontos.

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