
Ao viajar pelo espaço encontrei-a noutra galáxia
A poesia estava na Nebulosa, jovem e transparente
Muito esbelta, luminosa, era bonita, era o máximo
Brilhava muito, muito diferente de toda a gente.
Não existe nada igual em qualquer outro planeta
Nem podia existir por que ela é imaginária
Dentro de minha cabeça. Abraçou-se a mim
Eu queria fugir dela, mas ela não me largava.
Tudo se passou ontem enquanto eu sonhava
De repente acordei e fiquei muito triste
Mulher da Nebulosa não há ninguém que resiste
Foi um sonho diferente enquanto eu descansava.
Foi ontem quando sonhava e viajava pelo espaço
Encontrei na Nebulosa uma mulher luminosa
Brilhava muito e cheirava muito a bagaço
Era transparente, esbelta e vaporosa.
Era parecida às estrelas do firmamento
Iluminou-se tanto e com grande pujança
Que gerou em mim bastante sofrimento
E revê-la novamente tenho pouca esperança.
Talvez agora ela viva numa outra galáxia
Talvez se muda-se por sua conveniência
Ou quem sabe para longe para outro planeta
Agora que farei? Cumpro uma penitência.
Mas quem sabe se éramos incompatíveis
Eu sou de carne, e ela é uma estrela
Nossos amores são quase impossíveis
Quem me ajuda agora? E como poderei tê-la?
José Valgode