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Anderson Maurício: o teatro como percepção do outro

Formado em teatro pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, o diretor Anderson Maurício é um dos fundadores da companhia teatral Trupe Sinhá Zózima, que desde 2007 apresenta seus espetáculos dentro de um ônibus, popularizando o ato de representar. Entre os espetáculos que o grupo apresentou na cidade de São Paulo, onde está sediado e também em outras cidades do país e da Europa, estão Cordel do Amor Sem Fim, Dentro é Lugar Longe, Iracema Via Iracema, Desterro e Os Minutos Que Se Vão Com o Tempo.

Em que momento da vida a descoberta do teatro e o desejo de fazer parte dele?

Aos quinze anos de idade, estava assistindo a um programa de televisão, quando anunciaram um concurso para encontrar novos atores para uma novela: Garoto Corpo Dourado. É uma história engraçada, anotei o endereço e pensei: vou ser esse garoto! No outro dia, sem falar com meus pais e sem dinheiro para condução, cheguei ao endereço do concurso, conversei com uma moça que estava lá e disse que gostaria de participar do processo de seleção. Ela queria saber se eu tinha o DRT, o registro profissional de atores. Eu disse que não e perguntei onde conseguiria um. Ela não sabia responder, mas sugeriu que fosse a uma casa de cultura. E eu fui. Chegando lá, fui pedindo o tal DRT e a moça que me atendeu riu e disse que não emitia DRT, mas que tinha um curso de teatro para me oferecer e me perguntou se eu gostaria de me inscrever. Respondi que sim e fiquei muito ansioso para o primeiro encontro. Nesse dia, a primeira ação da professora foi colocar uma ópera, Carmina Burana. Eu me emocionava muito com essa composição, mas só havia tido a oportunidade de ouvi-la em uma novela, Bebê a Bordo, e ficava viajando com aquela sonoridade. A professora pediu, já no primeiro dia de aula, para dançarmos a música com todo o nosso corpo. Fechei meus olhos e dancei. Dancei minha existência naquele dia. Explodi e transbordei como um champanhe, voei como um pássaro que estava preso na gaiola, nasci para o mundo, sentia meu corpo e espírito como nunca havia sentido antes. E disse de forma profunda durante a dança: vou fazer isso para o resto da minha vida.

Você estudou teatro na Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Como foi esse período?

Sim, foi lá que consegui meu DRT. Foi um incrível processo de formação, autoconhecimento e encontros. Antes de me profissionalizar na Fundação das Artes, fiz muitos cursos de teatro, dança e canto em oficinas culturais e casas de cultura. Sinto que foi um espaço de aproximação, de cidadania artística, fundamental em meu processo de formação e escolha da profissão. Sou um sujeito periférico, moro no extremo leste da cidade de São Paulo. Onde nasci não tem praças, espaços culturais e esportivos. O os deslocamentos para qualquer ação comum são sempre longos. Para estudar em São Caetano do Sul, andava trinta minutos a pé até uma estação de trem, embarcava por mais cinquenta minutos até o bairro do Brás, depois seguia em outro trem, por vinte e cinco minutos, para a estação de São Caetano do Sul e andava a pé mais quarenta e cinto minutos para chegar à escola. Era um trajeto de cinco horas no ir e vir. E eu amava. Se faltei cinco dias, em três anos e meio de estudos, foi muito. Não havia sofrimento consciente. Isso revela muitas camadas das quais fui tendo consciência ao longo da minha trajetória: a falta de espaços culturais mais próximos, a falta de recursos para os meus deslocamentos, a resistência em não desistir de fazer aquilo que desejava, a alegria de poder fazer o que gostava, a utilização do percurso como estudo e reflexão do meu processo de formação, pois as travessias diárias foram tempos de observação, de criação e devaneios em torno do teatro, de quem eu era e de quem eu poderia vir a ser. Nesses deslocamentos e vivências que tive até a Fundação das Artes é que surgiu a ideia de pesquisar o ônibus urbano como espaço cênico, de descentralização e democratização do acesso às artes. Foram os deslocamentos que permitiram a criação do grupo brasileiro de teatro Zózima Trupe, nome que homenageia a nossa eterna professora e mestra, Lídia Zózima.

Em parceria com a São Paulo Transportes (SPTrans), a Zózima Trupe criou o projeto Arte Expressa – Mostra de Teatro no Ônibus, permitindo, pela primeira vez na capital paulista, a encenação de uma peça teatral em transporte público. Como esse processo?

A SPTrans foi e ainda é uma grande parceira por ceder o espaço de terminais e de linhas do transporte público para a Zózima Trupe desenvolver sua pesquisa em torno do ônibus urbano como espaço cênico. Porém, nunca tivemos qualquer aporte financeiro da SPTrans e essa relação nem sempre foi tranquila, pois já fomos impedidos de entrar no Terminal Parque Dom Pedro II por algumas vezes, durante os oito anos de residência artística por lá. Trata-se de uma instituição pública em que a cada troca de governo há substituição de diretores e para alguns deles nem sempre a arte é bem-vinda. A Trupe só conseguiu por diversos anos desenvolver ações artísticas por ter em sua trajetória a produção e a gestão cultural como pesquisa, como ação intrínseca ao seu fazer artístico. Buscamos conquistas de espaços, não só para o grupo, mas para os artistas, para o trabalhador-passageiro, para a cidade. Estamos lidando com um setor do transporte que só enxerga no ônibus o capital. Ele deve lucrar com a travessia dos cidadãos. No primeiro projeto Arte Expressa – Mostra de Teatro no Ônibus, em 2009, desenvolvemos uma pesquisa com os passageiros que durante uma semana estavam no ônibus em que aconteciam as apresentações artísticas e constatamos que 75% deles nunca haviam tido contato com as artes cênicas. Realizamos o projeto Toda Terça Tem Trabalho, Tem Também Teatro, nos anos 2014, 2015 e 2016, que acontecia todas terças-feiras, sempre às 20h, de forma gratuita, com mais de 150 atividades, 350 artistas e grupos vindos de diversos estados do Brasil. Foram mais de 4500 trabalhadores-passageiros que embarcaram em nosso ônibus, sendo que muitos nunca haviam tido qualquer contato com teatro. Todas essas ações foram alimentando o grupo para criação do espetáculo de repertório Os Minutos Que Se Vão Com o Tempo, em 2016, com dramaturgia da Cláudia Barral, que acontecia dentro de um ônibus de linha do transporte público, para espectadores avisados e desavisados do ato teatral. A construção desse trabalho não foi fácil e só foi possível pelos anos de diálogo e reflexão junto à SPTrans, aos seus funcionários e passageiros. São tantas e tantas instâncias burocráticas, preocupações e cuidados para realizar esse tipo de ação, que tudo só foi realizado graças à relação de parceria e confiança que estabelecemos e assim tivemos a oportunidade de fazer algo único e transformador, pois apesar de no ônibus caberem poucas pessoas, nossa residência artística no Terminal Parque Dom Pedro II semeou o imaginário dos mais de 200 mil passageiros que diariamente circulam por lá. E poder imaginar que o ônibus, o espaço público, a cidade podem ser outra coisa que não aquilo que sempre foi, é também acreditar que nós podemos ser outros, que nosso dia a dia pode ser diferente, que nossa casa, nosso trabalho, nossa vida podem se transformar.

Você afirma que o ônibus enquanto arquitetura é ressignificado/reinventado por elementos artísticos que nele interferem. Sua companhia adquiriu um ônibus que, na verdade, acaba sendo sua sede. Seria possível realizar os espetáculos da Zózima Trupe em outro espaço que não um ônibus?

A cada trabalho desenvolvido pela Trupe há uma nova apropriação do ônibus como espaço cênico. É sempre um desafio e uma investigação instigante a criação de elementos que possam reinventá-lo. Sim, o ônibus pode ser uma casa, um útero, uma igreja, uma escola, um transporte para o futuro. Percebemos nele a possibilidade de potencializar seu espaço, seus signos, seus movimentos. Não apenas com elementos como a luz ou o cenário, mas com a palavra, o gesto, os lugares por onde passa, a aproximação, o poder dos artistas de conduzir o público para outros universos. Em 2012, após cinco anos de existência do grupo, conseguimos financiar um veículo. Até então, foram muitas parcerias com empresas para que pudéssemos criar nossos espetáculos. E também muitas dificuldades. Algumas empresas cancelavam o empréstimo do ônibus no dia de apresentação. Havia motorista que ensaiava o roteiro com a gente e na hora do espetáculo não aparecia, ônibus que quebrava, muitas histórias. Mas o que nos levou a querer nosso ônibus foi o desejo de convidar outros grupos para dele se apropriarem, de desenvolver outras ações e projetos. Foi uma espécie de autonomia para criação do grupo. No decorrer de nossa trajetória, houve algumas propostas de programadores de espaços convencionais para fazermos teatro fora do ônibus e nós recusamos. Temos espetáculos que precisam ser feitos com o ônibus em movimento e outros com o ônibus parado. E ainda espetáculos feitos para linhas de transporte público. Podem ser feitos em qualquer ônibus urbano, podem ser em qualquer linha de transporte público, em qualquer lugar do país ou do mundo, mas devem ser no ônibus. Envolvem uma criação, uma pesquisa, um desenvolvimento de anos, como foi em Os Minutos Que Se Vão Com o Tempo. O interessante é poder ver essa pesquisa, mostrar que existe essa possibilidade. É semear um imaginário, é um fazer que desloca nosso olhar para o mundo.

Quais as reações mais comuns dos passageiros ao perceberem que entraram num ônibus em que acontece uma apresentação teatral, talvez a primeira que estejam assistindo na vida?

Tem de tudo um pouco, tem gente que entra sorrindo, tem pessoas que ficam filmando a gente para mostrar para a família. Já fizeram até gravação ao vivo em rede. Tem gente que deixa de descer no seu ponto de desembarque para acompanhar até o final do percurso. Pessoas que nos abraçam, que roubam a atenção. Gente que fica quietinha, observando e depois vem dizer um pouco sobre suas histórias. Alguns que pedem a palavra e dizem coisas bonitas, tristes, desabafos. Outros que cantam com a gente, que jogam como se fossem atores da peça, mas também tem pessoas que não querem contato e talvez esteja aí o nosso grande desafio, pois o artista em seu íntimo deseja conquistar o mundo e lidar com a rejeição não é tarefa simples. Nem todos que não interagem o fazem por não se deixar afetar por nosso trabalho artístico. O ônibus é um lugar público da diversidade, por isso há uma multiplicidade de sentidos quando o adentramos. Ele é a própria vida, o microcosmo da sociedade.

O fato da encenação ocorrer dentro de um ônibus nos faz refletir sobre a questão do transporte não somente como meio de deslocamento das pessoas, mas da arte como transporte para outros mundos. Como vê isso?

Há uma gama de sentidos no fazer teatral no ônibus, algumas que forjaram o grupo, outras que na travessia fomos descobrindo e tantas outras que vão sendo reveladas. É bonita essa imagem da arte como transporte para outros mundos. Acredito nessa ideia, como também na possibilidade de ressignificar nosso tempo no transporte público. Milhões de pessoas passam um terço de suas vidas dentro dele. Queremos denunciar o quanto o teatro se afastou do espectador com uma arquitetura pomposa e elitista. O ônibus aproxima, pois é casa rotineira dos cidadãos urbanos. Também acredito na possibilidade de tirar o artista do pedestal, do lugar que a televisão o colocou, de celebridade, de distanciamento, de deslumbramento e, com isso, nos unimos à imagem do trabalhador, da gente que pode criar e reinventar as nossas cidades e os nossos deslocamentos com poesia, com o lúdico e o fantástico.

Os espetáculos da Zózima Trupe costumam ser bastante intimistas. Suas cenas ocorrem bem próximas do público. Isso facilita ou dificulta o trabalho dos atores? O público interfere no desenvolvimento das cenas. Como é a preparação dos atores em relação às reações do público? Pode nos contar algumas experiências curiosas nesse sentido?

Aproximar-se do outro, ir ao encontro dele, não é simples. É necessário porosidade. Os espetáculos da Zózima Trupe, em sua grande maioria, adentram essa arquitetura do ônibus como espaço cênico, mas também como espaço do humano com suas complexidades. A Poética do Espaço, de Gaston Bachelard, é uma grande referência em nossos trabalhos. Estamos buscando nessas viagens o outro que também somos nós. E nessa aproximação há sempre uma interferência do público que compõe o espetáculo. Desde algo perceptível a todos que estão no espaço, até uma reação sutil que emana vibrações a todos, compondo a experiência. A preparação dos atores vem de longa data. Desde quando conhecemos Lídia Zózima, estávamos sendo preparados, mas não sabíamos. A Lídia foi nossa mestra e sempre nos colocou como matéria de estudo a própria vida, a experiência viva de estar, de ser, de perceber a si e ao outro. Algumas das metodologias de criação dos espetáculos do grupo, talvez revelem nosso modo de trabalho. No espetáculo Dentro É Lugar Longe, com dramaturgia de Rudinei Borges, fomos para uma chácara no interior de São Paulo, com toda nossa equipe, atores, diretor, dramaturgo, documentaristas, para uma vivência. Foram 24 horas de compartilhamento de histórias orais dos próprios artistas. Dividimos o tempo por ofícios: alvorada, manhã, meio-dia, tarde, entardecer, noite, meia-noite e madrugada. Cada ofício foi vivenciado em um espaço da casa: sótão, quintal, cozinha, sala, quarto, cabana, porão. Dessa experiência, nasceu a dramaturgia e a encenação. Pois o tempo, o espaço, o outro interferiram nas narrativas, nos estados. E meu desejo como diretor é capturar instantes que fogem do nosso controle, pois o verdadeiro encontro é espontâneo. Já no espetáculo Os Minutos Que Se Vão Com o Tempo, de Cláudia Barral, nos inspiramos numa tríade: a Odisséia, de Homero, as histórias de passageiros do transporte público e numa travessia solitária que cada artista fez durante uma deriva para encontrar-se na cidade. Foi um percurso das sete horas da manhã às sete horas da noite. Foram 12 horas de caminhada a pé, do Terminal Parque Dom Pedro II ao Terminal Cidade Tiradentes. Ao todo, 30 quilômetros de travessia. O corpo em deslocamento em busca de encontrar o instante presente é um estado do corpo em cena, com o outro, consigo e com o espaço.

Os espetáculos da Zózima Trupe abordam os dilemas humanos, seus desencontros, medos, desafios, duvidas e fatalidades, sempre com nítido viés social. Como o grupo escolhe o tema de cada novo trabalho? E como se dá o processo da escrita da dramaturgia dos espetáculos?

A Trupe é um grupo jovem, mas com pessoas que se conhecem há muito tempo, que estão juntas e trabalham há 21 anos, como no caso meu e da atriz Tatiana Nunes Muniz, pois nos conhecemos aos 15 anos de idade. Os mais novos no grupo estão há pelo menos oito anos juntos. Vira uma família. É um grupo que conversa muito. Nessas conversas falamos sobre o que sentimos e como estamos em relação ao mundo. Encontramos um fio que conecta nosso caminhar, esse fio é sempre uma continuidade. Sinto que ele nunca deixou de existir e vem sempre nos guiando. É importante destacar que a Trupe como grupo de pesquisa define cinco movimentos como prática: o espaço, a atuação, o público, a dramaturgia e a produção. Às vezes, a dramaturgia surge de uma reflexão da produção ou do público. Por exemplo, surgiu uma música em um espetáculo, porque percebemos que tínhamos que avisar o público que naquele ônibus de linha íamos fazer teatro. Era uma demanda de produção, pois os passageiros que não quisessem viajar conosco saberiam antes sobre o teatro e não embarcariam. Criamos, assim, uma canção: Nesta viagem leva o coração, eu vou fazer teatro com essa multidão. É difícil resumir, desenhar para o outro algo tão emaranhado em nosso dia a dia. Sobre a dramaturgia, o grupo é muito propositivo, cada vez mais existem textos, músicas dos próprios integrantes e somos muito gratos com a generosidade dos dramaturgos que encontramos. A Cláudia Barral assina quatro dos oito espetáculos que temos no repertório. É uma parceira que vem construindo junto da Trupe uma dramaturgia do ônibus. Ela ouve nossas histórias, acompanha nossa travessia.

A Trupe pretende levar seus espetáculos para fora de São Paulo?

Sim. Onde tiver um ônibus urbano é só nos chamar. O grupo tem uma estrutura muito simples. Apesar de parecer complexo fazer teatro no ônibus, não é. Já viajamos para alguns estados do Brasil e Europa. Temos uma estrutura de cenografia e iluminação que se adapta facilmente a qualquer ônibus urbano e todo o material viaja em nossas malas. O espetáculo que acontece no transporte público não tem cenário e nem iluminação, portanto é mais simples ainda. Ao longo dos anos, conhecemos organizadores e curadores de festivais e mediamos o diálogo com empresas de ônibus e terminais urbanos. Levar uma experiência como essa para outros lugares é perceber a potência em semear uma prática que estamos desenvolvendo há vários anos e que não existe de forma contínua em nenhum outro lugar do mundo. O ônibus é um símbolo do popular, do cotidiano, um espaço utilizado por todos e é nesse lugar que construímos nossa expressão artística. Será que um dia o teatro será popular, acessível como o ônibus que pegamos em qualquer ponto? Quais são os outros espaços públicos que podem ser apropriados e transformados para promover o encontro com o teatro, com as artes? Quais são os lugares aos quais um ônibus pode nos levar? Quais são os lugares que o ônibus também pode ser, além do que ele já é? Existem muitas pessoas que entraram em nosso ônibus uma única vez, há dez anos, mas nunca se esqueceram. Por quanto tempo as pessoas que vivenciarem uma experiência outra de deslocamento no ônibus vão se lembrar? O sociólogo Betinho tem uma frase que me inspira: O que fica na memória de alguém não morre.”Que o teatro possa viver para sempre!

Novos projetos?

Sempre. Apesar do Brasil estar num momento nunca imaginado pelos artistas, momento de um retrocesso civilizatório em relação à cultura, de demonização dos artistas pelo poder público, com discursos de ódio do presidente da República, não podemos desistir. Temos que repensar nosso papel, nossas ações e nosso público. E neste momento estamos indo com o nosso ônibus à casa das pessoas, conhecendo trabalhadores nos terminais urbanos para convidá-los a embarcar no ônibus teatro. Viajamos com ele, criamos juntos. Vamos descer no seu ponto e estacionar nosso ônibus em seu quintal, na sua vizinhança. O projeto Todo Canto Falta Algo, Todo Canto Cabe um Canto é sobre a falta que nos assombra e a festa que nos fortalece. Precisamos encontrar e dialogar com os que pensam diferente e juntos temos de refletir e construir o que pode ser melhor para nossas vidas e para nosso país.

Sobre os autores da entrevista: Angelo Mendes Corrêa é doutorando em Arte e Educação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP), professor e jornalista. Itamar Santos é mestre em Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP), professor, ator e jornalista.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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